Avião suspeito é interceptado por caças Super Tucanos, mas escapa e volta para a Bolívia

Ação, feita no âmbito de programa de combate a crimes transfronteiriços, aconteceu nesta quarta-feira após aeronave ser detectada em radares da FAB, em Rondônia

Por O Globo — Rio de Janeiro


Duas aeronaves de defesa aérea A-29 Super Tucano Divulgação FAB

RESUMO

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GERADO EM: 26/06/2024 - 17:41

Interceptação de aeronaves suspeitas em Rondônia e Roraima

A Força Aérea Brasileira interceptou aeronaves suspeitas em Rondônia e Roraima, mas uma conseguiu escapar para a Bolívia. As ações fazem parte do combate a crimes transfronteiriços, envolvendo caças Super Tucanos e Polícia Federal.

Um aeronave suspeita foi interceptada por dois caças Super Tucanos, mas conseguiu escapar e retornar para a Bolívia, seu país de origem. A interceptação aconteceu, segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), nas proximidades de Porto Velho, em Rondônia.

O avião modelo Cessna 401A foi detectada ao entrar no estado pelos radares da FAB. Em seguida, dois caças A-29 Super Tucano foram enviados pelo Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) para realizar a interceptação da aeronave suspeita.

Segundo a FAB, o piloto do Cessna não se mostrou cooperativo e desobedeceu as orientações dos feitas pela defesa aérea. A aeronave retornou para território boliviano, e a ação dos caças brasileiros foi interrompida. A Polícia Federal também participou da operação.

"As ações fazem parte da Operação Ostium, interligada ao Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (PPIF), com o objetivo de coibir ilícitos transfronteiriços", disse a FAB, por meio de nota.

Em janeiro, um Cessna 182 foi interceptado por um caça Supertucano enquanto sobrevoava região próxima a Terra Índigena Yanomami. A aeronave, suspeita de tráfego ilícito, teve sua matrícula cancelada por "perecimento" em 2022, além de ter operação para táxi aéreo negada.

O avião foi avistado em uma área sobrejacente e adjacente à Terra Indígena Yanomami, conhecida como Zona de Identificação de Defesa Aérea (ZIDA). Com matrícula PT-KLN, a aeronave foi avistada cerca de 110 km a oeste de Boa Vista, em Roraima. Ela passou, então, a ser monitorada pela FAB e a Polícia Federal.

Participaram da operação um caça Supertucano e duas aeronaves equipadas com sensores e radares. O avião desrespeitava regras da ZIDA e, por isso, foi classificado como suspeito. Interceptado pela Força Aérea, o piloto do Cessna não acatou as ordens da FAB. Com isso, o Supertucano fez um Tiro de Aviso (TAV), o que obrigou o avião a fazer um pouso.

Agentes da PF e militares do Grupamento de Segurança e Defesa da Base Aérea de Boa Vista (GSD-BV) foram transportados até o local em um helicóptero Black Hawk. Na pista de terra, a PF fez a apreensão da aeronave. O piloto, no entanto, já havia escapado.

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