Aventura e turismo rural dentro da cidade de São Paulo

Polo de Ecoturismo, no extremo sul da metrópole, reúne parques, comunidade indígena e sítios de pequenos produtores abertos à visitação

Por Prefeitura de São Paulo, cidade de todos!


Aventura e turismo rural dentro da cidade de São Paulo Divulgação

Uma São Paulo praticamente desconhecida. Às vezes até para os próprios paulistanos. A metrópole, famosa pelos festivais de música e por sua efusiva vida cultural e noturna, também exibe grande riqueza natural e mantém um Polo de Ecoturismo, em seu extremo sul.

Ao lado de teatros, museus e centros culturais, o cardápio de atividades também inclui cachoeiras, remansos e mais de 1.500 hectares de verde. Pedaço da mata atlântica dentro da região metropolitana, o Polo de Ecoturismo de São Paulo convida a trilhas e atividades na natureza, com mais de 50 atrativos turísticos mapeados.

A região, que cobre quase um terço do território do município, oferece aventura e turismo rural aos visitantes e desenvolvimento econômico a moradores e pequenos empreendedores.

– Você tem ali uma área rural, com sítios, muitos com produção de orgânicos. Está cercada pelas represas Billings e Guarapiranga. Uma das maiores terras indígenas do Sudeste está nessa região, dentro da capital. É uma área muito importante tanto para a preservação ambiental quanto para a valorização desses costumes e para a produção de alimentos dentro da cidade – explica Fernanda Ascar, diretora de Turismo da São Paulo Turismo (SPTuris), empresa da Prefeitura de São Paulo responsável pela divulgação da cidade aos visitantes.

Quatro parques naturais

Bororé está entre os Parques Naturais Municipais (PNM) — Foto: Divulgação

Com mais de 400 km², o extremo sul de São Paulo se divide entre os distritos de Parelheiros e Marsilac e um pedaço do distrito do Grajaú, com a Ilha do Bororé. A região engloba quatro Parques Naturais Municipais (PNM): Jaceguava, Itaim, Varginha e Bororé. Com cerca de 1.500 hectares de área e importantes trechos de vegetação nativa, eles são foco de interesse de pesquisadores e apresentam um potencial para atividades de lazer e educação ambiental.

No polo, é possível fazer turismo de base comunitária, em vivências na terra indígena Tenondé Porã ou nos sítios, para aprender sobre cultivo e experimentar alimentos locais.

Também há atrativos de natureza, caso do Borboletário de São Paulo, ou pontos de aventura, como o Selva SP, lugar para rafting e stand up paddle.

– Tem o rio limpo, o Capivari, onde é possível nadar e fazer tirolesa. O parque é privado, mas tem todo o nosso acompanhamento. Há outros espaços que fazem ‘day use’, para o contato com a roça – diz Fernanda.

Como ir até lá

No site https://ecoturismo.cidadedesaopaulo.com, o público encontra informações sobre empresas que oferecem atividades na região e opções de restaurantes e de hospedagem. Também pode saber sobre pontos de venda de produtos artesanais como mel e geleia. É recomendável combinar a visita antes com as atrações.

Dá para ir até lá em veículo próprio ou se juntar a um grupo do Vai de Roteiro, programa municipal com rotas turísticas gratuitas que mostram a cidade. Os ingressos devem ser reservados pela plataforma Sympla: https://www.sympla.com.br/produtor/turismoprefsp.

– A prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Turismo, entendendo esse interesse e a necessidade de organizar, porque às vezes as pessoas tinham dúvida de como chegar, montou o Vai de Roteiro – diz Fernanda. Todo sábado e domingo, sai às 8 horas da estação Vergueiro do Metrô, que fica em frente ao Centro Cultural São Paulo.

– A melhor experiência no polo é feita com uma agência ou um guia local. A gente está falando de propriedades rurais, onde as pessoas moram, e há os deslocamentos. Se tem alguém que consegue te orientar, essa experiência fica mais interessante – afirma a diretora de Turismo da SPTuris.

Cerca de 30 roteiros diferentes para o fim de semana — Foto: Divulgação

Cada fim de semana o grupo faz um roteiro diferente; são mais de 30 no total. Fernanda conta que as rotas combinam sempre uma atração pública, como o Parque Estadual da Serra do Mar, com um sítio, a terra indígena ou um parque de aventura, por exemplo.

– A prefeitura oferece ônibus e guia para acompanhar a experiência. A pessoa arca com o custo no local – explica a diretora, sobre gastos com alimentação e ingresso, se o atrativo do fim de semana cobrar entrada. Os passeios são divulgados às segundas e terças-feiras no https://www.instagram.com/polodeecoturismosp.

Fomento à economia local

A lei de criação do Polo de Ecoturismo de São Paulo é de 2014. Desde 2022, o foco do governo municipal é estruturar e divulgar o potencial da região como destino turístico sustentável. De acordo com Fernanda, a prefeitura mapeou as atrações e constantemente qualifica os empreendedores. – A gente fez uma visita técnica a cada lugar para entender as possibilidades, o tipo de experiência que a gente podia oferecer ali – lembra. – Passa também por auxiliar na definição do valor que vai ser cobrado do turista, para que seja justo, gere renda e fomente a economia local.

A diretora de Turismo da SPTuris explica que a formatação envolve vários aspectos, como a combinação das atividades para atender a diversos perfis de turistas, em termos tanto de faixa etária quanto de poder aquisitivo. – A gente também tem cuidado com os deslocamentos, em concentrar os atrativos daquele fim de semana para que o tempo dentro do veículo seja menor – diz. – A área é muito grande. De um lugar para outro, você pode demorar mais de 50 minutos – exemplifica.

Para muitos empreendedores, o turismo é uma novidade. – Eles estão começando a receber agora. Não entendiam o valor do espaço onde vivem, do interesse que é possível desenvolver. Em muitos deles, a grande atração é sentar e conversar. O turista mais urbano não tem às vezes ideia do que é esse processo, essa relação com a terra.

Mais recente Próxima Capital do turismo: São Paulo se consolida como destino de viagens mais vendido do país