Rio tem potencial para ser polo internacional de negócios sustentáveis

Município investe em projetos cuja modelagem de negócios prevê preservação ambiental aliada à geração de renda e economia circular

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Usina fotovoltaica, em Santa Cruz, foi batizado de Solário Carioca — Foto: Divulgação

Clima tropical, água e área verde em abundância, além de universidades e centros de pesquisa de excelência para formar profissionais qualificados. O Rio de Janeiro tem tudo para despontar como um polo de negócio de economia sustentável. A cidade é um ponto central do planeta quando se trata de áreas verdes, economia circular e desenvolvimento sustentável. A opinião é de Artur Miranda, subsecretário municipal de Meio e Ambiente e Clima. Trata-se da capacidade de projetar os próximos 50 ou 100 anos o modelo de negócios que teremos, com adaptação economicamente viável, para que se consiga expandir gerando emprego, renda e preservando o meio ambiente.

– Estamos falando de uma cidade que tem 1/3 de áreas verdes. Podemos ensinar o resto do mundo como se desenvolver de modo sustentável – avalia Artur Miranda, subsecretário municipal de Meio e Ambiente e Clima.

A prefeitura do Rio, em conjunto com suas principais secretarias, tem feito parcerias e desenvolvido projetos voltados para o desenvolvimento sustentável, criando modelagens de negócios com foco nesse modelo de crescimento. Um deles, anunciado em julho deste ano, é uma Parceria Público-Privada (PPP) vencida pelo Consórcio Rio Solar, que prevê a instalação de uma usina fotovoltaica no bairro de Santa Cruz, na Zona Oeste da cidade. Batizado de Solário Carioca, o projeto vai ocupar o terreno de um antigo aterro sanitário e gerar energia que deve permitir uma economia anual de R$ 2 milhões nas contas do município. A estimativa é que a energia gerada abasteça cerca de 45 escolas municipais ou 15 Unidades de Pronto Atendimento (UPA).

- Entregamos uma experiência muito única com o Solário. É uma modelagem de negócios completa, uma parceria público-privada onde vamos conseguir anular 40 mil toneladas de carbono por ano. É um negócio que tem lucratividade e gera empregos verdes – comenta o subsecretário.

Artur defende que os modelos de desenvolvimento para transformar o Rio em uma cidade sustentável e impulsionar ainda mais a atração de investimentos precisam ser rentáveis e retroalimentáveis, seguindo a preservação do meio ambiente e gerando lucros a partir disso. A secretária de Meio Ambiente e Clima já fechou outros projetos de economia circular.

- Queremos preservar enquanto alimentamos a sociedade, impactando as pessoas mais vulneráveis e alimentando a cadeia produtiva – explica.

Entre as iniciativas está o “Cada Favela uma Floresta”, que é voltado para modelar áreas urbanas e seus entornos, especialmente aqueles que se desenvolveram irregularmente e estão próximos a áreas de preservação. O programa tem como objetivo enfrentar a crise climática e o aumento de temperaturas na cidade e já gerou novas ideias.

- Estamos enfrentando as temperaturas mais altas que o Rio já presenciou. O enfrentamento ao calor passa por dois lugares: preservação da nossa mata verde atual e a restauração de áreas degradas ao longo do processo de desenvolvimento. A partir disso, já nasceu o que entendemos como fábricas verdes, para tralharmos com o recondicionamento de lixo eletrônico, têxtil e de óleo de cozinha. Vamos fazer isso em uma grande fábrica na Avenida Brasil, temos expectativa de produzir renda para alta sustentabilidade do negócio – celebra o subsecretário.

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