Dona Lurdes reaparece em filme com namorado: 'Jamais imaginariam vê-la desse jeito', diz Regina Casé

Atriz contracena com Evandro Mesquita em spin-off de 'Amor de mãe' para o cinema

Por — Rio de Janeiro


Mário Sérgio (Evandro Mesquita) e Lurdes (Regina Casé) Divulgação

“Filho, a gente cria para o mundo” já dizia a velha máxima. Mas uma mãezona como Dona Lurdes, personagem de Regina Casé na novela “Amor de mãe”, exibida na TV Globo entre 2019 e 2021, não entende o ditado assim tão fácil. Depois de passar uma vida inteira fazendo o possível e o impossível pelos cinco filhos (inclusive revirando o Rio para achar Domênico, sumido logo após o nascimento), é hora de enfrentar o ninho vazio em “Dona Lurdes, o filme”, que estreia nesta quinta (28) em mais de 80 salas pelo país da rede de cinemas Cinemark.

Desejada e desejante

A história, criada por Manuela Dias, autora de “Amor de mãe” e do livro “Diário da Dona Lurdes”, que inspira o filme, é dirigida por Cristiano Marques. Começa com o caçula, Ryan (Thiago Martins), resolvendo deixar a casa da mãe. Aposentada e sem a obrigação de cuidar da comida e das roupas desse filho, ela precisa encontrar outros propósitos. Começa, então, um período de redescoberta como protagonista da própria vida, desejada e desejante, missão em que conta com a ajuda da vizinha Zuleide (Arlette Salles).

— Agora, no filme, é outra Dona Lurdes. Muita gente jamais imaginaria vê-la desse jeito — diz Regina, que descreve como “maravilhosa” a oportunidade de reencontrar a personagem . — É o sonho de todo ator, principalmente quando o público também quer. Nem a autora aguentou, escreveu um livro e, depois, o roteiro do filme.

Pouco depois que “Amor de mãe” terminou (em abril de 2021, após uma pausa forçada por causa da pandemia de Covid-19), Manuela ficou pensando em como teria ficado a vida da principal personagem da trama. Lurdes achou Domênico, estava feliz com todos os filhos reunidos... mas e depois?

O livro começou a dar conta dessa vida além da TV, mas Manuela não se restringiu a ele quando escreveu o roteiro do longa.

— O filme é um pouco do livro, mas o supera também — diz a autora, que tinha a preocupação de fazer uma obra para diversos públicos, inclusive aquele que nem passou perto da televisão. — Queríamos fazer um filme que matasse a saudade de quem viu a novela, ao mesmo tempo que sobrevivesse como uma obra fechada, para quem não assistiu a “Amor de mãe”.

No set, Regina Casé e Thiago Martins se reencontraram com colegas como Chay Suede (o filho Domênico), Juliano Cazarré (o filho Magno), Jéssica Ellen (a filha Camila), Nanda Costa (a filha Érica), Enrique Diaz (o amigo Durval) e Humberto Carrão (Sandro, que, em um momento da trama, Lurdes achava que era Domênico).

Este último apareceu de surpresa para a maioria da equipe, inclusive Regina Casé, que não sabia da participação do ator.

— Todo mundo queria fazer o filme, mas Carrão estava em “Renascer”. Calhou de ter uma folga justamente no dia de gravação na casa da família — conta Manuela, sobre o desejo do elenco de se juntar depois do sufoco dos anos de Covid-19. — Quando se passa por dificuldades junto, se cria elos diferentes.

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Família maior ainda

Além de Arlete Salles, as novidades dessa “família” são Evandro Mesquita, na pele de Mário Sérgio, o par romântico da protagonista; e Maria Gal, que interpreta a feirante Vânia.

— Somos os forasteiros neste elenco muito definitivo que veio da novela— diz Evandro, em tom bem-humorado. — Fiquei encantado porque é uma história de utilidade pública para muitas mulheres verem o outro lado pós-debandada dos filhos. E tem também dramaticidade, poesia.

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