'Drácula', 'Frankenstein' e outros: quadrinhos e livro ilustrado resgatam criaturas de histórias de horror

Uma nova leva de títulos, recentemente publicada no Brasil, representa bem o estilo, muitos deles reverenciando, num preto e branco impressionante, as obras originais

Por — Rio de Janeiro


Um verdadeiro espetáculo visual a versão do francês Georges Bess para o romance de Bram Stocker. Páginas emolduráveis numa aula de narrativa que se dá ao luxo até de homenagear um certo Rolling Stone como personagem secundário da trama bem adulta Reprodução

Não é possível determinar quando surgiu a primeira criatura que assustou alguém. A lenda do vampiro é tão antiga quanto a própria existência. Assim como a de um ser humano que se transforma em lobo na lua cheia. Mas foi no século XIX que surgiram clássicos da literatura como “Frankenstein” (1818), de Mary Shelley; “O médico e o monstro” (1886), de Robert Louis Stevenson; e “Drácula” (1897), de Bram Stocker.

Muitos anos depois, na década de 1930, tais criaturas migrariam para as telas de cinema através da produtora Universal, e o que era muitas vezes somente imaginado em textos “ganharia vida” em filmes.

O bem-humorado “Vampiros” marca uma mudança no estilo de Osamu Tezuka. Foi neste livro infantojuvenil com vários monstros — e até o próprio autor como personagem — que ele começou a lidar com temas mais maduros, numa clara tendência do que viria depois — Foto: Reprodução

E, no meio do caminho entre a literatura e o cinema, há os quadrinhos, gênero que sempre abraçou, sem medo, o horror. Uma nova leva de títulos, recentemente publicada no Brasil, representa bem o estilo, muitos deles reverenciando, num preto e branco impressionante, as obras originais, como “Drácula” (Risco Editora), do francês Georges Bess, ou “O estranho caso de Dr. Jekyll e Mr. Hyde e outros clássicos” (Figura), do italiano Dino Battaglia. Há ainda uma releitura juvenil e contemporânea de Frankenstein pela americana Talia Dutton e um mangá do mestre do gênero Osamu Tezuka, além de um livro com o texto original de Mary Shelley ilustrado por ninguém menos que Bernie Wrightson, um dos criadores do Monstro do Pântano, da DC Comics.

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