Em um dos momentos mais tocantes do segundo dia de Rock in Rio, os Racionais MC's, que fecharam o Palco Sunset, relembraram vítimas de violência recente no Brasil ao som de "Nego drama".
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Durante a canção, imagens das vítimas foram mostradas no telão. O número começou com uma menção à jovem Ágatha Félix, assassinada com apenas 8 anos com um tiro de fuzil, durante operação no Complexo do Alemão, em 2019.
A vereadora Marielle Franco, assassinada a tiros junto de seu motorista, Anderson Pedro, em 2018, foi a última a aparecer no telão e emocionou a todos os presentes na Cidade do Rock.
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Assassinado brutalmente em maio de 2022, Genivaldo dos Santos foi vítima de uma câmara de gás criada por policiais rodoviários federais em Sergipe.
Também em 2022, em fevereiro, Durval Teófilo Filho foi morto um vizinho, um sargento da Marinha, quando chegava ao prédio onde morava, em São Gonçalo, logo após um dia de trabalho.
Em janeiro deste ano, o congolês Moïse Kabagambe foi assassinado no quiosque Tropicália, localizado na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Ele foi vítima de múltiplas agressões após cobrar o pagamento atrasado.
Então grávida de quatro meses, Kahtlen Romeu, de 24 anos, foi morta ao ser atingida por uma bala perdida durante operação policial no Complexo do Lins, na Zona Norte do Rio.
A garçonete Luana Barbosa dos Reis foi morta em 2016, após ser abordada policiais militares no Jardim Paiva, em Ribeirão Preto (SP), enquanto levava o filho a um curso. Agredida pelos policiais, ela morreu cinco dias depois em decorrência de isquemia cerebral e traumatismo crânio-encefálico, ambos causados pela violência.
Em maio de 2020, o menino João Pedro Mattos Pinto, de 14 anos, foi baleado durante uma operação policial em São Gonçalo. A casa onde o jovem estava foi alvo de mais de 70 disparos.
O menino Miguel Otávio Santana da Silva, de 5 anos, faleceu ao cair do 9º andar de um prédio de luxo no Centro do Recife, em 2020, após ser deixado pela mãe, uma empregada doméstica, aos cuidados da patroa, a primeira-dama do município de Tamandaré, Sari Corte-Real.
O mestre de capoeira Moa do Katendê, aos 63 anos, foi morto a golpes de faca após discussão política na Bahia, em 2018.
Cláudia Silva Ferreira, de 24 anos, foi baleada e arrastada por mais de 300 metros por uma viatura policial, em 2014, em operação policial no Morro da Congonha, na zona norte do Rio de Janeiro.