Luan Santana tem 'home studio' improvisado com cabana de cobertores e colchão; entenda

'Tudo aquilo que vocês viram em Belo Horizonte, nasce aqui, ó', diz o cantor, apontando para o espaço montado dentro de casa

Por O Globo — Rio de Janeiro


Luan Santana no show de BH que vai virar DVD: 'Sem palavras' Reprodução

Depois de ter feito um show de proporções gigantescas no último sábado (18), no Mineirão, em Belo Horizonte, Luan Santana apareceu nas redes sociais meio desnorteado, processando tudo o que viveu na capital mineira. Sem camisa e trajando a coroa que usou no palco da apresentação, que vai virar o DVD "Luan City 2.0", o cantor fez stories no Instagram para agradecer o público e disse estar "sem palavras". Durante o relato, um detalhe chamou atenção: uma espécie de cabana de cobertor montada num dos cômodos da casa de Luan.

O próprio artista esclareceu do que se tratava, sem dar muitos detalhes. "Pensar que tudo aquilo que vocês viram em BH, nasce aqui, ó: 'cabaninha' de coberta", disse Luan Santana.

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A 'cabaninha' de Luan Santana — Foto: Reprodução

Mas afinal, pra que serve aquela estrutura improvisada pelo sertanejo? A tal cabana é uma espécie de 'home studio', ou estúdio caseiro. Trata-se de um espaço pequeno, de aproximadamente 1 metro quadrado, com paredes feitas com camadas de cobertor e um colchão no "teto". Dentro do espaço, somente uma poltrona. No vídeo publicado por Luan, nota-se uma mesa de gravação ao lado da cabana.

A cabine montada por Luan Santana serve para fazer gravações. É claro que as músicas do cantor que chegam nas plataformas são gravadas e mixadas em estúdio profissional. Mas aquele espacinho improvisado pode facilitar o processo. Caso Luan tenha uma ideia de alguma composição, por exemplo, ele pode gravar ali mesmo, na cabine, uma versão voz e violão. O resultado é uma 'demo', expressão usada para classificar uma gravação de demonstração, que tem finalidade primária, ou seja, não será usada na gravação final, mas pode guiar o processo. A 'demo' nada mais é do que o primeiro rascunho de uma música que será gravada.

Os cobertores e o colchão servem para dar tratamento acústico à cabine improvisada. Assim, ainda que o objetivo seja gravar uma 'demo', o resultado ganha um mínimo de apuro técnico. Com bons microfones, uma mesa de som adequada e, claro, expertise para mexer nisso tudo, o som pode ficar realmente bom, se aproximando, inclusive, do resultado que pode ser obtido em um estúdio profissional.

Bedroom pop

Gravar em pequenos estúdios caseiros improvisados, aliás, virou conceito. Foi num quartinho que Billie Eilish gravou muitas de suas músicas antes de despontar para a fama. Nomes como o do norueguês Nicolas Pablo Muñoz, conhecido como Boy Pablo, e do inglês Alexander O'Connor, o Rex Orange County, também surfaram na onda que ficou conhecida com 'bedroom pop'.

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No Brasil, artistas como YMA, Gab Ferreira, Lau e Eu, Vivian Kuczynski, Uiu Lopes e o carioca Matheus Costa — o Matheus Who — também produziram em pequenos estúdios improvisados dentro de casa. Depois de uma experiência com a banda Carmen, Matheus Who voltou para o seu quarto e de lá saiu com as canções solo “Deeply”, “My best lover” e “Boys are blue”.

— O bedroom pop é o jeito de os artistas novos fazerem com pouco orçamento o som em que acreditam — contou Matheus ao GLOBO, em reportagem de 2019. — Sou muito comparado ao Boy Pablo. Minhas composições começaram no quarto, e foi aqui que gravei tudo, sozinho. A única ajuda que tive foi de um amigo que segurou o microfone.

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