Augusto Licks sobre show do Engenheiros do Hawaii: 'As portas continuam abertas caso o Humberto mude de ideia'

Show reúne dois terços da formação clássica da banda, com cantor de banda cover no lugar de Humberto Gessinger


Cartaz do show de Agusto Licks e Carlos Maltz tocando repertório dos Engenheiros do Hawaii Reprodução

O anúncio do show de reunião da formação clássica do Engenheiros do Hawaii mexeu com as expectativas dos fãs que logo se decepcionaram com uma ausência de peso: o líder da banda, Humberto Gessinger. O show no dia 21 de abril, no Bar Opinião, em Porto Alegre, terá o guitarrista Augusto Licks e o baterista Carlos Maltz acompanhados por Sandro Trindade, fundador da banda cover Engenheiros Sem Crea. Mas Licks deixa claro que a participação de Gessinger seria muito bem-vinda.

— As portas continuam abertas caso o Humberto mude de ideia e venha se associar a esse esforço. Mas claro que ele tem todo o direito de não querer — diz o guitarrista. — De certo modo eu diria que, mesmo sem a presença do Humberto, esse show não deixa de ser do GLM (Gessinger, Licks e Maltz), pois são dele a maioria das composições, além de algumas minhas com letras dele. Então, a essa altura do campeonato, se alguma reunião do GLM é possível, é essa. Fica o recado para os fãs: É pegar ou largar.

Licks e Maltz não se encontravam para tocar desde 1993, quando dividiram o palco pela última vez. Mas já há alguns anos a proposta de reunião era tema de conversas entre os dois. E o empurrão final foi dado por Sandro logo após o fim da pandemia de Covid-19.

— Há uns quase cinco anos, o Carlos Maltz me procurou propondo uma reunião dos Engenheiros do Hawaii com ele, comigo e com o Humberto Gessinger. Mas aí veio a pandemia né? — relembra Licks. — O mundo parou e, na retomada das atividades gerais, o Sandro Trindade começou a convidar ex-integrantes dos Engenheiros do Hawaii. Ele chamou o Marcelo Pitz, (baixista) da formação original, depois convidou o próprio Maltz. E, no ano passado, me convidou.

Gessinger — líder, vocalista, baixista, tecladista, guitarrista, além de compositor principal e único integrante que acompanhou a banda da formação, em 1985, até o fim, em 2008 — acabou não aceitando o convite e Sandro assumiu a responsabilidade dos vocais no show.

— O Sandro me falou o seguinte: “Ó, não existe mais Engenheiros do Hawaii, mas há uma grande massa de fãs que sente falta de ouvir o que a banda fazia naquela época e eles pedem insistentemente uma reunião daquela banda.” Então, eu pensei: Por que não, se é para fazer gente feliz, né? — explica Licks. — Deixando de lado quaisquer diferenças que que possam existir, eu acredito e acho que o Carlos também, que a gente está fazendo esse show por uma causa maior. Então, no dia 21 de abril, em Porto Alegre, no Opinião, nós vamos entregar a esses fãs um belo presente, pensando neles, em agradecimento a eles.

Um dos grupos de rock mais populares do Brasil, com mais de 3 milhões de discos vendidos, os Engenheiros viveram seu período de glória com Licks (que esteve na banda entre 1987 e 1993) e Maltz (entre 1985 e 1996). Após a saída dos dois, Gessinger ainda seguiu por alguns anos com a banda, até assumir uma bem-sucedida carreira solo. Em entrevista ao GLOBO, em outubro de 2023, comentou que "ninguém precisa viver à sombra do seu passado".

— É inacreditável como hoje em dia, quase aos 60 anos (que completaria na véspera de Natal), eu trabalho muito mais do que antigamente — disse. — Não são só viagens e shows, isso sempre foi assim. Porém, no auge da exposição dos Engenheiros, nos anos 1990, eu não tinha que me preocupar com as redes sociais, a capa do disco, o telão do show... Os ensaios também: hoje ensaio muito mais do que na época. Mas eu gosto. O patrão está me tratando bem.

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