Os herdeiros de Michael Jackson estão fechando um acordo para vender metade de suas participações no catálogo musical do cantor, em um negócio que pode chegar a 900 milhões de dólares (cerca de R$ 4,67 bilhões), informou a Variety. A venda, para a Sony e para um possível parceiro financeiro, pode incluir uma fatia das receitas de publicações e músicas gravada pelo cantor, bem como o show da Broadway “MJ: The Musical” e a cinebiografia ainda não feita “Michael”.

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Se for adiante, o negócio será o maior até agora no crescente mercado de catálogos de música, que já viu algumas transações surpreendentes. Eles incluem a venda do catálogo de publicações e músicas gravadas de Bruce Springsteen por US$ 600 milhões (R$ 3,11 bilhões), também para a Sony, e US$ 400 milhões (R$ 2,07 bilhões) que a Universal Music pagou para comprar as músicas gravadas de Bob Dylan.

No mês passado, Justin Bieber vendeu suas ações de catálogos de edição e gravação de música para a Hipgnosis Songs Capital, apoiada por Blackstone, por US$ 200 milhões (R$ 1,04 bilhão). A Variety, que citou três fontes anônimas para seu relatório, disse que a identidade do parceiro da Sony no negócio de grande sucesso, ou mesmo a existência de apenas um, não está clara.

Acordos anteriores no setor envolveram empresas de investimento, como a Eldridge Industries, de propriedade de Todd Boehly, que é presidente do clube de futebol Chelsea, da Premier League, e que também tem participação no time de beisebol Los Angeles Dodgers.

Michael Jackson, que morreu em 2009 após décadas de apresentações e gravações, tem um dos catálogos anteriores mais lucrativos financeiramente de qualquer artista. Seu álbum de 1982, "Thriller", é um dos mais vendidos de todos os tempos.

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Os investidores são cada vez mais atraídos pelos catálogos de música como uma classe de ativos que eles acreditam ter valor de longo prazo na era do streaming.

Os proprietários dos direitos de publicação de uma música recebem um corte em vários cenários, incluindo reprodução e streaming de rádio, vendas de álbuns e uso em publicidade e filmes. Os direitos de gravação regem a reprodução e distribuição.