Mauricio de Sousa agrada, mas não é favorito para vaga na ABL; entenda

Embora não deva ficar com a vaga, quadrinista é muito bem visto dentro da casa


Mauricio de Sousa citou a 'Turma da Mônica' como sua maior contribuição para literatura brasileira Valentino Mello Fotografia

O quadrinista Mauricio de Sousa, 87 anos, não larga como favorito para a disputa da cadeira 8 da ABL. O criador da Mônica e de outros conhecidos personagens dos quadrinhos nacionais está inscrito para a vaga que foi de Cleonice Berardinelli, morta no dia 31 de janeiro. Ele concorre com outro nome de peso, o filólogo Ricardo Cavaliere. A eleição é no dia 27 de abril.

A outra vaga, aberta com a morte de Nélida Piñon, já está praticamente definida. A ensaísta Heloísa Buarque de Hollanda tem ampla vantagem sobre o artista plástico e escritor Oscar Araripe e deverá sair vitoriosa no próximo dia 20 de abril.

Segundo fontes da ABL, o nome de Mauricio teria sido muito bem recebido pelos acadêmicos. O quadrinista visitou a Casa de Machado de Assis na semana passada, dando início à sua campanha. Mauricio tem como bandeira a promoção da leitura, como indica sua carta de candidatura enviada ao presidente da ABL, Merval Pereira.

"Em meus encontros nas bienais do Livro e pelas escolas do Brasil peço que quem aprendeu a ler com a Turma da Mônica levante a mão. Todos se levantam. Claro que alguns para me agradar, mas todos se sentem infectados pelo bichinho da leitura", escreveu o quadrinista.

O que se diz nos bastidores é que Mauricio chegou atrasado. Dentro da Academia, já se formou o consenso de que a vaga de Cleonice deveria ir para um filólogo. Cavaliere teria o apoio de Evanildo Bechara, um dos principais filólogos do país e membro da ABL desde 2000. Aos 95 anos, ele desejaria fazer um sucessor.

A não ser que haja alguma mudança radical de cenário, portanto, Mauricio não deverá se tornar imortal, pelo menos na eleição do dia 27.

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