'Feliz por ser diferente' e ansiosa por 'amor cruzar o caminho': os trechos do diário de Amy Winehouse, que faria 40 anos

Escritos mostram reflexões e sentimentos da cantora, quando era adolescente, sobre interações sociais e busca pelo afeto

Por O Globo e agências internacionais — Londres


A cantora britânica Amy Winehouse no Festival Glastonbury AFP

Amy Winehouse completaria 40 anos nesta quinta-feira (14). Para marcar a data, a família dela divulgou trechos de diários privados que a artista escreveu durante a adolescência, com reflexões e sentimentos da jovem britânica. Amy morreu aos 27, em 2011, na sua casa de Londres, em decorrência de intoxicação por álcool.

No diário, Amy se delicia em ser "diferente" dos outros adolescentes e se pergunta se um dia "o amor vai cruzar o caminho" dela.

"Estou feliz por ser diferente. Não é como se eu quisesse ser como todo mundo. Eu amo ter meu próprio estilo individual. Eu amo falar alto e falar mal das pessoas. É assim que eu sou", escreveu Amy no diário, conforme trechos divulgados pelo jornal "The Telegraph"

Nos escritos, ela também conta o tipo de companheiro que sonhava encontrar.

"Às vezes eu penso, eu me pergunto se há alguém. Algum cara por aí que é tão louco quanto eu? Um cara legal de cabelo escuro, que usa óculos para ler e é um verdadeiro garoto indie? Piercings opcionais, sotaque escocês ou irlandês, de preferência", destacou a jovem Amy.

No diário, ela também questionou por que "todos os amigos" do seu irmão se encaixavam nessa descrição, sendo que ela era "muito jovem para fazer algo a respeito".

"Será que o amor vai cruzar meu caminho ou estou destinada a sair com metaleiros ou caras lindos SEM CÉREBRO'? (Uma coisa que eu desprezo)", apontou a cantora.

'Odeio meu temperamento'

Em outros trechos do diário, Amy ressalta como lutava contra seus sentimentos.

"Eu odeio meu temperamento. Às vezes, isso me corrói tanto que fico fisicamente violenta com aqueles que amo. Por mais que eu diga que sinto muito, é algo que eles nunca podem esquecer", destacou.

De acordo com os pais de Amy, todo o trabalho da artista foi revisitado e revisado depois da morte. No entanto, mesmo após lerem a obra dela, eles reconheceram que não poderiam afirmar que realmente entendiam a filha.

Em 2005, Amy conheceu Blake Fielder-Civil, com quem se casou dois anos depois. A relação foi marcada por relatos de abuso de drogas e álcool. Eles se divorciaram após seis anos, mas a artista nunca escondeu a paixão pelo homem. Em apresentação no Grammy Awards, a artista chegou a dedicar o ato a "meu Blake, encarcerado", depois que ele foi preso por atacar o dono de um pub.

Amy chegou a se internar para reabilitação e deixar as drogas pesadas, mas nunca se recuperou totalmente do vício. Blake estava preso por outro crime, um assalto à mão armada, quando descobriu que Amy havia morrido, em 2011, após passar por um período de abstinência.

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