Anitta é uma das atrações principais da Rio Inovation Week, nesta quarta-feira (4), no Píer Mauá. A cantora, que há muitos anos assumiu as rédeas da própria carreria, chegou ao evento por volta das 11h para sua palestra sobre empreendedorismo. Ela começou o papo, com a jornalista Maju Coutinho, lembrando de uma história de quando ela tinha 6 ou 7 anos. A cantora teria que sair da escola particular onde estudava por falta de condições financeiras da família, mas ganhou um concurso que lhe rendeu uma bolsa de estudos.
– Era o concurso Garota Primavera, aquela era a minha oportunidade — relembra Anitta. — O tema era reciclagem, disse pra minha mãe que eu ia ganhar. Minha mãe, que é costureira, me ajudou a fazer a roupa. Quando chegamos no concurso, as garotas estavam super produzidas. Minha mãe já começou a me preparar, dizendo pra gente ir embora. Mas eu disse que tinha algo que as outras não tinha. Quando anunciaram que a ganhadora era a Larissa, ganhei minha bolsa de estudos, toda feliz.
Quando questionada sobre uma dica de empreendedorismo, ela afirmou que não costuma ouvir suas colegas na música:
– Sempre pensar a longo prazo, não no agora. Pra mim é pensar no que eu quero fazer. E quando você não observa o outro, fica mais em você. Tenho muito isso de não olhar o trabalho das outras cantoras. Não vejo, não procuro. Por que se você faz isso, acaba fazendo igual. Mas o seu trabalho é muito único. Só ouço música antiga.
Ela também falou sobre a sua relação com as redes sociais, e as especificadas do apaixonado público brasileiro neste espaço que garante uma interação mais próxima com os artistas.
— Muito complicado. O Brasil é muito intenso. Gosta de quem posta 24h por dia, cada detalhe de sua intimidade. Lá fora é o oposto, o artista se preserva. Pra gente é um exercício sobre qual momento você tem que aparecer e qual momento deve se preservar. A gente tem que lidar com as estratégias.