Fernanda Nobre revela como foi abrir o casamento: 'Não é do nada, demora'

Em podcast, atriz destacou o que motivou a decisão e explicou por que não divulga as regras de sua relação aberta

Por O Globo — Rio de Janeiro


Fernanda Nobre e José Roberto Jardim Instagram

A atriz Fernanda Nobre afirmou ter decidido abrir o relacionamento após estudar "muito" o feminismo com o marido, o diretor José Roberto Jardim, a quem chama de Zé. Os dois estão juntos há dez anos. Em entrevista ao podcast "Desculpa Alguma Coisa", a artista destacou que nunca quis ser especialista no tema, mas ressaltou que a mudança decorreu de uma "consciência" do casal de que a monogamia era um "espaço de opressão da mulher e dos corpos femininos".

Fernanda ponderou que o relacionamento aberto só funciona porque é com Zé e revelou não saber se manteria a estrutura caso iniciasse uma relação com outra pessoa.

— Não é assim, do nada, demora. A gente faz parte de uma geração que não existia essa pergunta, esse questionamento [sobre monogamia]. E a gente sempre soube que os homens heterossexuais tinham a permissividade da sociedade e a gente sofrendo, sempre duvidando. Não quero mais isso. Mas isso só é possível porque é com o Zé. Não sei se, caso eu me separe dele amanhã, se vai ser desse jeito. Tenho que me sentir muito segura — ressaltou.

No podcast, Fernanda explicou por que não divulga as regras que criou com o marido para o relacionamento aberto funcionar entre eles.

— As regras vão mudando conforme as coisas vão acontecendo. Ser não-monogâmico é muito mais difícil porque ser monogâmico já tem uma cartilha. A gente não tem nenhum modelo. Eu nunca falei quais são minhas regras e não falo, porque não quero ser modelo. Você tem que criar. Você está tendo a liberdade de criar seu modelo. A liberdade dá muito medo, né, ainda mais a liberdade sexual.

Fernanda recordou que se casou uma primeira vez aos 21 anos — segundo ela, "muito cedo", mas sentia que "não era isso que queria". Atribuiu a decisão à pouca idade e ao "medo de errar". Foi quando viu a hashtag "meu primeiro assédio" que passou a estudar o feminismo. Ela também falou sobre como se sente julgada por não manifestar o desejo de ser mãe.

— Não consigo dizer que não quero ser mãe. Sei que hoje não quero ser, mas morro de medo de fazer essa escolha. Acho muito difícil. Eles reduzem nossa existência à maternidade. Sinto isso na pele quando me perguntam. Outra coisa que é horrível: as mulheres que são mães que falam: 'Você não sabe o que é amor'. Não é verdade, se não, não teriam crianças abandonadas. É muito opressivo. Acho o não ser mãe hoje até mais opressivo que a não-monogamia — destacou.

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