Bárbara Reis: 'Consegui segurar a dificuldade de ser a mocinha, a sofredora'

Na reta final de ‘Terra e paixão’, atriz faz um balanço do que mudou em sua trajetória este ano, quando viveu sua primeira protagonista de uma novela no horário nobre da TV

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Barbara Reis, a Aline de 'Terra e paixão' TV Globo

Deslumbre é palavra que não entra no dicionário de Bárbara Reis. Esta carioca nascida e criada no Méier, e que hoje vive na Tijuca, não troca os hábitos simples e gostos populares só por ter alcançado a projeção que tanto almejou em seus oito anos de carreira como atriz. “Eu me considero uma mulher zero afetada, considerando tudo o que o lugar em que estou pode proporcionar”, garante a intérprete de Aline, protagonista da novela das nove da Globo, “Terra e paixão”. Nesta entrevista, ela repassa seu 2023, o seu ano de virada.

O que mudou na sua vida desde que assumiu o protagonismo de “Terra e paixão”?

Mudaram muitas coisas; outras, eu mantive, como a dedicação ao meu trabalho. Abri mão do que não me faria estar 100% disponível para ele, como festas, aniversários... O volume de gravações intenso, 11 horas diárias, e ainda tenho que decorar os textos para o dia seguinte, quando chego em casa. Acabo tendo só o domingo de folga.

É sua primeira protagonista. E logo no horário nobre da Globo... Sentiu o peso dessa responsabilidade?

Tudo é maior, né? Tenho que fazer jus à responsabilidade que me foi dada. Muitos achavam que eu tinha surgido agora, do nada. Com o sucesso de “Todas as flores”, acreditavam que Débora (vilã que interpretou na novela de João Emanuel Carneiro) teria me alçado a esse lugar de destaque na carreira. Mas tudo o que está acontecendo agora é fruto de uma jornada de oito anos na televisão com personagens que me deram a chance de perceber que consigo levar bem uma novela, segurar a dificuldade de ser a mocinha, a sofredora. Porque a Aline sofre, né? Pelo amor de Deus!

Segue alguma religião?

Minha mãe é católica, me formou assim. Mas hoje em dia eu sou mais espiritualista. Acredito em Deus, nos orixás, nas energias, nas plantas, em fazer o bem, no fluxo natural das coisas. Eu acho que o que você dá para o mundo ele te devolve. Percebo quem realmente são meus amigos, consigo identificar na hora quem se aproxima por interesse.

Cauã Reymond, seu par romântico na novela, já disse que você é uma pessoa excelente para se trabalhar, está sempre bem-humorada. É assim mesmo?

Na maioria das vezes, sim. Sou da filosofia de que não adianta reclamar, só vai deixar o clima mais pesado. Se está calor na gravação, vão fazer o que com o sol? O jeito é se hidratar e procurar uma sombra quando der.

Muito se falou da sua química com Cauã em cena. Você ouviu piadinhas de amigas ou parentes por estar “pegando” um dos homens mais cobiçados do Brasil?

Ah, com certeza! Hoje mesmo, Rapha (o ator, bailarino e personal trainer Raphael Najan, seu namorado) falou para mim: “Se vier uma outra protagonista pra você, não tem mais para onde ir, já está com o Cauã. Agora, é só pior que ele, não sofro mais”.

O que mais mudou em 2023?

Uma mudança significativa foi o reconhecimento do público. Não passo mais despercebida, o que é muito gostoso. Vejo muito esse carinho quando estou viajando, no aeroporto, lugar que reúne gente de todos os lugares do Brasil. Tem sido um momento muito feliz.

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