Paolla Oliveira faz balanço do carnaval em que brilhou como onça, após comentários sobre seu corpo: 'Críticas e elogios são uma passagem'

Mandando papo reto e libertador para as mulheres, atriz bomba no engajamento ultrapassando 160 milhões de views nas redes ao mostrar rotina na folia: 'Saio desse carnaval diferente, e o aprendizado tem a ver com liberdade'

Por — Rio de Janeiro


Paolla Oliveira Divulgação / Felipe Braga

Paolla Oliveira está afônica. A maratona carnavalesca pode tê-la deixado sem voz, mas a atriz jamais se calará. Tem sido assim desde que ela passou a enfrentar as críticas em relação ao seu corpo voluptuoso com muita coragem e argumentos.

Paolla Oliveira — Foto: Divulgação / Marina Zabenzi

E esse papo reto impactou diretamente no engajamento de Paolla nas redes sociais. A atriz teve um crescimento significativo no Instagram.

Desde que começou os preparativos que culminaram em sua apresentação para a Grande Rio, no último domingo (11), Paolla Oliveira apresentou ao público sua rotina registrada em fotos e vídeos – além de uma série intitulada “CarnaPaolla” com alguns de seus aprendizados e observações.

O resultado foi superlativo: só o vídeo do desfile como rainha de bateria encarnando uma onça acumula, até o momento, mais de 60 milhões de visualizações, o que o torna o conteúdo mais assistido das redes no carnaval.

Sua fantasia, que contava com uma cabeça mecânica cobrindo seu rosto e acendia os olhos de LED, foi um dos momentos mais marcantes do carnaval 2024. Assinado por Bruno Oliveira e Mariana Sued, o figurino foi eleito em enquete do jornal Extra como o melhor entre as rainhas de bateria do Grupo Especial. O conceito, desenvolvido pela consultora de dramaturgia Raphaela Leite, partiu do livro “Nosso destino é ser onça”, de Alberto Mussa.

Desde a publicação do vídeo recorde, Paolla conquistou mais 400 mil seguidores no Instagram. Já o total de seus vídeos somados ultrapassa a marca de 170 milhões e outras dezenas de milhões de comentários em cada postagem. Um número que não para de crescer.

Paolla Oliveira — Foto: Divulgação / Felipe Braga

Durante a folia, Paolla fez intensa maratona. Foram15 aparições públicas dentro de 15 looks exclusivos. Num único dia, ela chegou a realizar três compromissos diferentes, tendo participado ativamente dos ensaios da Grande Rio.

Paolla não é boba nem nada e vai transformando esse engajamento todo em dinheiro.

No período do carnaval, ela se reafirmou como um dos nomes mais cobiçados da publicidade brasileira. Entregou mais de 11 milhões de visualizações para as marcas que representou.

A atriz conversou com OGLOBO por mensagem de texto no WhatsApp, já que a voz...

Paolla Oliveira — Foto: Divulgação / Marina Zabenzi

OGLOBO: Qual é o saldo do carnaval 2024 para Paolla Oliveira? Você sai dele diferente? Com aprendizados? Quais?

PAOLLA: O saldo vem sendo positivo desde o dia que me propus a fazer mais uma maratona de carnaval. Porque eu procuro entrar com alegria, com emoção. Com vontade de estar ali, mas esse carnaval, sem dúvidas, é diferente. E é diferente porque eu me sinto diferente, me sinto mais à vontade ali, me sinto com mais coragem, mais confiante de quem eu sou, do lugar que eu posso ocupar, principalmente como mulher. O aprendizado pra mim tem a ver também com liberdade: quando a gente se permite ser quem é as pessoas percebem. E é claro que tem um preço. Mas depois de tantos anos de uma carreira pública, eu posso dizer que prefiro ser livre a virar refém de um personagem ou do que as pessoas esperam de mim.

OGLOBO: Esperava esse engajamento todo e essa comoção em torno da sua pessoa? Como se sente?

PAOLLA: É claro que eu não esperava esse carinho todo, desse tamanho. E eu falo isso desde que eu comecei a fazer televisão. Se a gente faz alguma coisa pensando no que vai engajar, no que vão falar, ela não sai com potência. As perguntas têm que ser ‘por que eu quero, por que eu acredito nisso?’ Desde a série de vídeos que eu fiz até a minha fantasia, por exemplo, tudo tem que ver comigo. Eu chamei uma equipe de mulheres para a série de vídeos desse ano para falar de coisas íntimas, de colocar em perspectiva pensamentos femininos. Tudo isso se não tivesse sido feito a partir da minha perspectiva teria sido vazio. E eu acho que comecei preenchida e por isso vem o engajamento, a troca, a identificação. Então me sinto feliz, grata mesmo por ter encontrado ecos em outras mulheres, outros recortes. Assim como também procuro aprender com as outras mulheres que venho encontrando nas ruas e nas redes.

OGLOBO: Como é ser tão elogiada e ao mesmo tempo criticada? Como equilibra na balança da cabeça esses dois lados da moeda?

PAOLLA: As críticas tomaram a proporção que elas tinham que tomar na minha vida. Eu respeito as críticas, aprendo com elas. Mas aprendi que a gente tem que colocar as críticas no devido lugar para elas não te paralisarem. Os elogios? São maravilhosos! Seria mentiroso eu dizer que não gosto. Mas assim como as críticas, eles não podem te mover. Críticas e elogios são uma passagem. O que resta na quarta-feira de cinzas é o que somos na vida, nossa atitude, nossa voz, nossas escolhas, nossa evolução.

OGLOBO: O que esse engajamento gigante nas suas redes provoca em você? A certeza de estar no caminho certo sobre o que escolhe falar? Mais responsabilidade com o que fala?

PAOLLA: Esse engajamento foi uma surpresa. Eu sou uma atriz, não sou uma nativa das redes, da área digital. Mas fui me permitindo conhecer as redes à minha maneira, com as minhas questões. E sobre a responsabilidade eu acredito que quem está na internet tem que ter responsabilidade sobre o que fala. Eu, como figura pública, sempre tive e por isso as pessoas acham que agora resolvi falar. Agora sinto que estou mais aberta para falar do que quero. E falar o que se quer é uma responsabilidade, porque as pessoas nem sempre vão concordar com você. O meio digital reconhece um pouco quem tenta arriscar e eu acredito que venho me arriscando. Até para me mover de onça eu precisei ter coragem, porque não dependia só de mim, havia um mecanismo e podia ter acontecido algo errado, eu enxergava pouco quando a máscara abaixava. E sim, eu estava apreensiva mas o medo também pode te mover porque você vai ter que superá-lo. E eu acho que precisei superar meu medo em diversas etapas da minha carreira para conquistar o que conquistei.

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