Bradley Cooper, Emma Stone e Mark Ruffalo: o que indicados ao Oscar fazem no seu tempo livre

Fotografia de rua, pintura e trilhas estão entre os principais hobbies dos famosos

Por The New York Times — Nova York


Mark Ruffalo pratica fotografia de rua há dez anos James Nachtwey para The New York Times

James Nachtwey, fotojornalista conhecido por capturar imagens de guerra em lugares como Iraque, Afeganistão e Ucrânia, nunca havia fotografado uma estrela de cinema. Então, propomos um desafio: pedimos a ele que capturasse alguns dos melhores atores do mundo longe dos tapetes vermelhos e cerimônias de premiação.

Ele topou e se juntou a estrelas como Bradley Cooper, em um mergulho gelado num riacho coberto de gelo, e Mark Ruffalo, enquanto o ator treinava fotografia em pombos na rua. Confira os resultados dos ensaios e saiba quais os principais hobbies das celebridades:

Bradley Cooper

Bradley Cooper é diretor e produtor de “Maestro”. O filme, em que ele também interpreta o maestro americano Leonard Bernstein, concorre a quatro categorias do Oscar. O ator conta meditar em temperaturas congelantes.

— Nachtwey me perguntou se há algum ritual que eu faço para me preparar para um papel. Eu disse que não, mas mencionei que faço um mergulho no frio toda manhã quando acordo.

Produtor, diretor e ator de Maestro, Bradley Cooper — Foto: James Nachtwey para The New York Times

Da’Vine Joy Randolph

Da’Vine Joy Randolph, indicada ao prêmio de melhor atriz coadjuvante por seu papel em “Os rejeitados”, gosta de comprar tecidos e encomendar roupas personalizadas.

— Sempre amei roupas. Não deixo que o mercado me defina. Sempre que estou em uma nova cidade, preciso conhecer os alfaiates mais indicados. Não sou boa desenhista, então o que faço é “frankensteiniar”: recortar e colar fotos juntas e criar uma apresentação. Isso me ajuda a explicar a um designer como quero que algo pareça.

Emma Stone

Emma Stone produziu e atuou em “Pobres criaturas”, longa que concorre em duas categorias, melhor filme e melhor atriz. Ela gosta de atravessar Nova York a pé.

— Há algo muito especial sobre as ruas da cidade de Nova York. Para um lugar tão gigantesco, de alguma forma ainda parece muito pequeno e acolhedor. Tem sido assim desde que visitei pela primeira vez quando era criança. E talvez, se tiver sorte, você possa encontrar uma rua com vapor saindo dela, como a mostrada acima. Nesse caso, você tem que parar e tirar uma foto na frente dela. Eu não faço as regras. Isso é uma legislação real.

Emma Stone gosta de atravessar Nova York a pé — Foto: James Nachtwey para The New York Times

Jeffrey Wright

Jeffrey Wright, indicado ao Oscar de melhor ator por “American Fiction”, conta que está se comprometendo novamente com uma rotina de exercícios agora que seus filhos estão na escola.

— Tenho tentado fazer pelo menos algumas sessões de atividades por dia: surf, se as ondas estiverem boas, ou uma combinação de Pilates e Gyrotonics e um treino regular. Em Nova York, ando de bicicleta para todos os lugares. Em Los Angeles, vou a um centro que foca em flexibilidade e força, de onde vêm os verdadeiros benefícios para a saúde. Eu fui atleta em algum momento da minha vida, e sempre soube que minha flexibilidade era uma vantagem. Isso me proporcionava força desproporcional quando eu jogava lacrosse. Na minha atuação também, permite que meu corpo seja mais fluido, maleável como um instrumento.

O ator Jeffrey Wright, de American Fiction — Foto: James Nachtwey para The New York Times

Paul Giamatti

Paul Giamatti foi indicado ao prêmio de melhor ator por “Os rejeitados”. O artista tem como hobby visitar uma livraria de livros usados, o que faz há mais de 20 anos.

— Eu gosto mais de livrarias de livros usados do que de novas, porque há algo sobre todos os livros antigos que me parece reconfortante. Eu tenho uma grande coleção de livros em casa, e na verdade precisei de ajuda de alguém para organizá-la há alguns anos. Me livrei de centenas, senão milhares de livros há uns três ou quatro anos. E no espaço de tempo desde então, quase re-adquirir tudo o que me desfiz.

Paul Giamatti gosta de visitar sebos — Foto: James Nachtwey para The New York Times

Carey Mulligan

Carey Mulligan disputa o Oscar de melhor atriz por interpretar Felicia, em “Maestro”. A personagem a inspirou a fazer aulas de pintura.

— Havia uma pintura, uma das primeiras que fiz quando comecei as aulas, que eu amava, e estava tão orgulhosa dela. Tirei fotos e enviei para minha mãe. E então, como parte deste workshop que Bradley e eu fizemos antes de filmarmos “Maestro”, eu destruí essa pintura, e realmente me despedaçou fazer isso, mas também capturou de certa forma a natureza autodestrutiva do meu personagem como artista. Mas me arrependo enormemente porque tentei refazer a pintura, e foi apenas lixo.

Carey Mulligan se interessou por pintura após papel em 'Maestro' — Foto: James Nachtwey para The New York Times

Annette Bening

Annette Bening, que concorre com Mulligan a um dos grandes prêmios da noite, por “Nyad”, faz trilhas por 45 minutos todas as manhãs.

— Uma das coisas que torna a vida em Los Angeles maravilhosa, francamente, é o fato de você poder sair pela porta e estar na natureza entre as árvores, os insetos, os coiotes, as marmotas e os veados. Caminhar coloca você em um estado meditativo. Torna-se viciante quando você se envolve, e então você realmente sente falta se não puder sair para caminhar, guardar o telefone e apenas ter um momento de estar.

Annette Bening, de 'Nyad', faz trilhas — Foto: James Nachtwey para The New York Times

Mark Ruffalo

Mark Ruffalo, veterano na premiação, concorre a melhor ator coadjuvante por “Pobres criaturas”. Seu hobby, conta, é a fotografia de rua.

— Venho fazendo fotografia de rua esporadicamente há cerca de 10 anos. Gosto de como ela captura as pessoas naturalmente; quando as pessoas sabem que uma câmera está sobre elas, imediatamente mudam seu comportamento. Eu estava em Atenas, Grécia, e havia um guia turístico que era um personagem muito interessante. Tirei uma foto dele e ele me pegou, e ele ficou completamente furioso comigo, gritando: “Como você se atreve! Quem você pensa que é?” Eu me senti tão mal. A ironia não foi perdida para mim de forma alguma. Mas foi a vez em que fui pego. Normalmente eu não sou pego.

Mark Ruffalo pratica fotografia de rua há dez anos — Foto: James Nachtwey para The New York Times
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