Se o Oscar tivesse uma categoria para "Melhor atuação canina", não ia ter para ninguém. Todos os holofotes estão sobre Messi, o border collie que integra o elenco de "Anatomia de uma queda", longa indicado a cinco categorias no Oscar: "Melhor filme", "Melhor direção", "Melhor atriz", "Melhor roteiro original" e "Melhor montagem". O cão, que foi agraciado com a Palm Dog no Festival de Cannes (prêmio não-oficial dedicado às melhores atuações caninas), no entanto, nem chegou a ser convidado para a cerimônia do Oscar, que acontece neste domingo (10). O motivo? Ele foi acusado de ofuscar o brilho de outros atores no almoço dos indicados.
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Segundo o Hollywood Reporter, a recente estadia do cachorro em Hollywood para participar do almoço anual dos indicados (no último dia 12 de fevereiro), em Los Angeles, causou polêmica nos bastidores e ofuscou a presença de outros atores. Como ele não era tecnicamente um indicado, várias empresas com filmes indicados reclamaram à Academia que permitir que ele comparecesse ao evento deu ao filme uma vantagem durante o período de votação, segundo uma fonte com conhecimento das reclamações.
Nas redes sociais, a notícia tem despertado a ira de fãs do longa de Justine Triet. "Poderíamos ter tido o cachorro Messi fazendo isso no palco do Oscar, mas a Academia odeia diversão", escreveu uma internauta, fazendo referência a um vídeo em que Messi anda de skate. "Imagina você ser um ator tão bom que a sua mera presença num evento de premiação intimida os seus concorrentes. Pois é exatamente por isso que o cachorro de 'Anatomia de uma queda' está passando", disse outro.
"O cachorro Messi, de 'Anatomia de uma queda', foi proibido de ir à festa do Oscar. Injusto. Ele atuou muito melhor que o Bradley Cooper. Deve ter o dedo dele nisso!", exclamou um terceiro. Cooper concorre na categoria de Melhor ator por "Maestro", filme que além de protagonizar também co-escreveu e dirigiu. Estão na disputa, além dele, Paul Giamatti, Colman Domingo, Jeffrey Wright e Cillian Murphy, o favorito.
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No Instagram, o perfil da tutora de Messi, Laura Martin Contini, conquista cada vez mais fãs com fotos e vídeos divertidos da rotina dos dois, incluindo viagens e bastidores das gravações do filme.
Durante o tal almoço que veio a causar polêmica posteriormente, o cachorro também foi "tietado" por celebridades como Ryan Gosling, Billie Eilish, Bradley Cooper e America Ferrera. Na ocasião, a atriz se ajoelhou ao lado de Messi e, enquanto fazia carinho, o parabenizou por sua atuação cinematográfica. “Você fez um trabalho fabuloso”, ela disse a ele.
Treinamento de dois meses
No filme, Messi protagoniza uma cena essencial para a resolução da trama e precisou treinar por dois meses para fazer a cena. Se você ainda não assistiu ao longa, siga por esse texto ciente dos possíveis spoilers sobre o enredo da história.
Após um cair de um chalé no meio da neve em Grenoble, França, um homem é encontrado morto pelo filho, que é cego e retornava de um passeio com seu cão-guia, interpretado por Messi. O garoto grita pela mãe que aciona o resgate e a polícia, a dúvida paira no ar: foi um suicídio, assassinato ou acidente? A esposa vira a principal suspeita do caso, após comprovações que o relacionamento do casal era repleto de conflitos.
A cena em que o cachorro Messi atua ajuda a construir o caso no tribunal, com o relato do filho sobre um possível suicídio por parte do pai da família. Para interpretá-la com perfeição, o border collie passou por um intenso treinamento em que precisava se fingir de morto, espumar pela boca e depois permanecer parado em meio a um 'caos' de pessoas gritando e passando por perto.
Apesar de já saber diversos truques e ser considerado por alguns espectadores o ator que 'rouba a cena' na produção, Messi precisou de dois meses de treinos para desempenhar, não só essa cena em específico, mas também para atuar como cão-guia no filme. Parte do processo foi compartilhado por Laura, nas redes sociais. Assista: