Disco mais raro do mundo será exibido para fãs em museu pela primeira vez; saiba qual é

O grupo de hip hop Wu-Tang Clan lançou o álbum em 2015, como crítica à indústria musical

Por — Rio de Janeiro


Wu-Tang Clan Divulgação

Lançado em 2015, o álbum "Once Upon a Time in Shaolin..." do grupo norte-americano e hip hop Wu-Tang Clan poderá ser ouvido pela primeira vez pelo público a partir do dia 15 deste mês. O disco, considerado o mais caro do mundo, atrai a curiosidade e instiga os fãs de música por um motivo: apenas uma cópia física do álbum foi produzida.

O disco fará parte da exposição "Namedropping", promovida pelo Museum of Old and New Art (MONA), na cidade de Hobart, na Austrália. A exibição começará neste sábado e tem previsão de acabar no final de abril do ano que vem. No entanto, o álbum só será exibido por dez dias, de 15 a 24 de junho, e para um número seleto de pessoas.

O museu abriu a possibilidade aos fãs de ver a exposição e ouvir o álbum de graça, mas esta opção já se encontra esgotada no site do local. Além disso, nem todas músicas do disco serão disponibilizadas na exposição, mantendo parte do segredo até para os sortudos que irão visitá-lo.

"Once Upon a Time in Shaolin..." foi lançado em 2015 e é o sétimo álbum do grupo. Uma cláusula no contrato de venda impõe que o disco só poderá ser comercializado daqui a 88 anos, a partir de 2103.

O álbum nasceu de uma crítica do grupo de hip hop à indústria musical e o estilo de produção em massa empreendido por ela.

— "Once Upon a Time in Shaolin..." deveria e é considerado uma obra de arte moderna — declarou RZA, um dos membros fundadores do Wu-Tang Clan, em uma entrevista concedida à Forbes.

Na época do lançamento, o disco foi concedido pelo grupo à casa de leilões Paddle8. Em maio de 2015, o empresário Martin Shkreli teve o lance vencedor e desembolsou cerca de US$ 2 milhões na compra. Em 2017, o americano foi condenado por fraude de valores imobiliários e respondeu a um processo por inflar em 5.000% o preço de um remédio para controlar os efeitos da AIDS.

O álbum foi um dos bens recolhidos do empresário pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos. Em posse do disco, o órgão vendeu a obra por US$ 4 milhões para a PleasrDAO, uma empresa especializada em NFTs.

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