Débora Falabella fala pela primeira vez sobre stalker que a persegue há dez anos: 'Agora tem lei, pode denunciar'

'Acho que a família tem que cuidar dela', diz a atriz, sobre mulher que teve prisão revogada pela Justiça em abril


Débora Falabella: 'A gente nunca sabe o que vai vir do outro' Leo Aversa

Perseguida por uma desconhecida há mais de dez anos, Débora Falabella está resolvendo o caso na Justiça, que revogou a prisão da mulher em abril deste ano.

— Agora tem a lei do stalker, se pode denunciar quando vc é perseguido na internet, quando sofre esses tipo de abuso — diz a atriz.

Débora Falabella: 'É algo de que evito falar. Porque tem a minha história e a história dela' — Foto: Leo Aversa

Para Débora, este é um assunto "muito difícil" de abordar.

— É algo de que evito falar. Porque tem a minha história e a história dela que, com certeza, tem problemas. Estão cuidando para que seja da forma melhor possível, tanto pra mim quanto pra ela.

A atriz conta que não conhece a mulher, que jamais teve contato com ela.

— A gente viu essa série agora “Bebê Rena”... Mas ali realmente ele deu muita.... Ele conversou... É essa relação de fã... É ruim pra mim, que tenho sido... Tem uma perseguição atrás por um trabalho que faço e pelo qual essa pessoa chega até a mim. Eu sei que tem um problema.

Para Débora, "a família tem que cuidar dela se, talvez, ela não consiga cuidar de si mesma".

— Ela tem uma família que pode cuidar, tem condições de ser tratada. Espero que essa família olhe por ela, que seja cuidada da melhor forma. Só que é isso, a gente fica com medo, a gente nunca conhece o outro, nunca se sabe o que vai vir do outro. Eu também tenho minha família, a minha vida. Atinge muita gente, meu núcleo familiar. É chato. Chato pra tudo, porque você quer que a pessoa fique bem.

Débora está em cartaz, no Rio de Janeiro, com a peça "Prima facie", que analisa a forma com que a Justiça trata casos de violência sexual. O público vem lotando as sessões do espetáculo, que é o primeiro monólogo da carreira da atriz

No palco, Débora interpreta Tessa, uma advogada que defende acusados de cometer esse tipo de abuso. Só que Tessa muda completamente de posição quando ela mesma vira uma vítima de estupro.

Diante da aprovação pela Câmara dos Deputados do regime de urgência do projeto de lei que equipara o aborto a homicídio, a atriz se mostrou revoltada:

— É um absurdo. Desesperador. A maioria das mulheres que passa por isso são crianças, vulneráveis que foram estupradas. Aprovar essa proposta é como aprovar o estupro dessas meninas. Elas viram uma ré. Na peça, falamos desse sistema que não olha para as mulheres e ainda penaliza.

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