Convenção dedicada a Robert De Niro em Nova York tem quarto de ‘Taxi driver’, ringue de ‘Touro indomável’ e o próprio ator

Ingressos variaram de US$ 150 a US$ 1.750 para a experiência completa

Por The New York Times


Na De Niro Con, os visitantes podem fazer tatuagens idênticas às de personagens que o ator encarnou Adam Powell/The New York Times

RESUMO

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GERADO EM: 24/06/2024 - 03:30

Convenção Robert De Niro: fãs celebram legado do ator

Uma convenção em homenagem a Robert De Niro em Nova York atrai fãs com tatuagens, exposições de filmes, quizzes e experiências interativas baseadas nos personagens icônicos do ator. Os participantes puderam vivenciar de perto o legado de De Niro, com atividades que incluíam desde tatuagens inspiradas em seus filmes até recriações de cenas famosas. O evento contou com a presença do próprio ator, que interagiu com os fãs e proporcionou uma experiência única aos admiradores de sua carreira.

Amy Cakes tem dezenas de tatuagens, mas a mais recente se destaca por ter sido feita em meio a uma celebração de tudo que diz respeito a Robert De Niro. Cakes, 32 anos, escolheu uma das cinco tatuagens de Max Cady, assassino interpretado em “Cabo do medo” (1991) pelo ator — cuja expressão carrancuda pairava ao fundo em um telão que exibia cenas do filme.

Essa foi a tatuagem inaugural da De Niro Con, evento em homenagem ao ator, de 80 anos. Realizada entre 14 e 16 de junho, a convenção atraiu milhares de fãs para um armazém no sul de Manhattan, Nova York.

Os ingressos variavam de US$ 150 a US$ 1.750 para a experiência completa, para denirer nenhum botar defeito. Além do estúdio que fazia tatuagens dos personagens de De Niro (uma estação adjacente oferecia tattoos temporárias e gratuitas), havia exposição de memorabilia de filmes e uma recriação do quarto sujo de Travis Bickle, personagem do ator em “Taxi driver” (1976). Também era possível gravar vídeos produzidos lutando boxe em um ringue como Jake LaMotta em “Touro indomável” (1980), dar um passeio no bar de “Os bons companheiros” (1990) ou saborear bebidas energéticas do Starbucks antes de emergir do Salão de Experiências de Rupert Pupkin, o humorista fracassado de “O rei da comédia” (1982).

Fã com figurino idêntico ao de De Niro em 'Taxi Driver' — Foto: Adam Powell/The New York Times

Alguns participantes chegaram vestindo camisetas de De Niro ou as compraram no local. Outros adquiriram por US$ 25 macacões infantis com o bordão de Bickle, “Are you talking to me?” (“Você está falando comigo?”).

No dia de abertura, Patrick McCartney, um ator de 53 anos contratado para o evento, administrava exames com um polígrafo (o popular detector de mentiras), assim como o agente da CIA aposentado de De Niro faz com Ben Stiller em “Entrando numa fria” (2000).

— É como “Sleep no more”, mas com De Niro — disse ele, referindo-se à famosa peça de teatro interativa em cartaz em Chelsea.

O fim de semana teve outras atrações menos interativas, incluindo exibições de filmes, discussões em painéis e várias aparições do próprio De Niro — que, apesar de não atender à imprensa nem que fosse apenas para fotografias, foi muito solícito com todos os fãs.

Trivia customizada

Na segunda noite do evento, uma sala de conferências foi transformada para sediar o evento de trivia da De Niro Con, onde mais de uma dúzia de equipes competiram pelo primeiro lugar. As perguntas variavam do pessoal (“Qual é o nome do meio de Robert De Niro?”; resposta: Anthony) ao profissional (“Qual posição o personagem de De Niro joga no filme de beisebol de 1973 ‘A última batalha de um jogador’?”; resposta: receptor).

O time vencedor tinha uma vantagem competitiva: uma das integrantes, Marisol Acevedo, de 28 anos, de Staten Island, administra uma página no Instagram dedicada ao ator. A conta, Robert De Niro Daily, tem 500 mil seguidores. Acevedo estava lá com seu namorado, Ralph Santiago, de 25 anos, de Jersey City, que não ficou surpreso com a vitória da equipe.

— Eu nunca duvidei dela — disse ele, mordendo um pedaço de pizza.

A exposição de objetos pessoais de DeNiro incluía correspondências com cineastas como Elia Kazan e os figurinos do ator em “O último magnata” (1976) e “Assassinos da lua das flores” (2023). Havia também uma compilação multiscreen do trabalho de De Niro, com falas e tudo, que oferecia uma visão impressionista de uma carreira de quase seis décadas. Para Acevedo, esse vídeo de 15 minutos foi sua parte favorita: “Passar por todas as eras — tudo isso foi realmente legal de ver.”

Brandon Wright, um bartender de 22 anos, fez uma tatuagem que lembrava “Cabo do medo”. Seu antebraço raspado expunha uma cruz que também funcionava como uma balança da justiça: uma Bíblia de um lado e um punhal do outro. Inicialmente, ele estava interessado na tatuagem do palhaço, mas, depois de uma reflexão e uma ligação para seu pai, Wright reconsiderou:

— É preciso pensar bem quando se adquire um souvenir permanente.

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