A atriz Shelley Duvall, que faleceu aos 75 anos nesta quinta-feira (11), ficou conhecida do grande público pelo trabalho como Wendy Torrance em “O iluminado”, adaptação de Stanley Kubrick para obra de Stephen King.
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Apesar de ser, de longe, seu trabalho mais reconhecido na sétima arte, a experiência no clássico estrelado por Jack Nicholson não foi positiva para a atriz. E o trauma começou antes mesmo das filmagens.
À época, Shelley era namorada de Paul Simon, com quem dividia um apartamento em Nova York. O músico escolheu o momento em que a atriz embarcava para Londres, onde aconteceriam as filmagens de longa, para anunciar à parceira o término da relação. Na sequência, ele engatou um relacionamento com a também atriz Carrie Fisher, uma amiga de Shelley. Em entrevista, Shelley contou que passou o voo inteiro chorando com a notícia.
Os principais trabalhos de Shelley Duvall nos cinemas
E o choro não parou por aí... Em 1981, um ano após o lançamento de "O iluminado", a atriz deu uma importante entrevista à revista People em que refletiu sobre as difíceis gravações do clássico. Shelley contou que era obrigada a chorar por até 12 horas por dia, durante dias consecutivos, em uma gravação que durou longos 13 meses. Informações dão conta de que Kubrick teria feito a atriz filmar a cena do taco de baseball 127 vezes.
“Nunca mais darei tanto de mim. Se você quer sentir dor e chamar isso de arte, vá em frente, mas comigo não”, disse à publicação.
A atriz recebeu até uma indicação ao Framboesa de Ouro, premiação dos “piores do ano”. Em 2022, após os basditores do filmes voltarem a repercutir nas redes, o Framboesa de Ouro anunciou o “cancelamento retroativo” da indicação ao prêmio que elege os piores de cada ano.