Camila Pitanga sobre vitalidade aos 47 anos e cobrança por juventude: 'Não escondo o tempo no meu rosto'

'Existe a opressão pela manutenção de um tipo de beleza e jovialidade que não vai acontecer porque a gente perece', afirma a atriz no videocast 'Conversa vai, conversa vem'

Por — Rio de Janeiro


Camila Pitanga: 'Faço terapia para botar minha cabeça no lugar, para malhar o espírito' Divulgação / Marina Zabenzi

RESUMO

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GERADO EM: 01/08/2024 - 18:51

Camila Pitanga valoriza a idade e a autenticidade

A atriz Camila Pitanga, aos 47 anos, aborda a pressão pela juventude em entrevista. Enfatiza a beleza da idade e a importância de aceitar o tempo. Revela sua autenticidade, pratica exercícios e terapia para lidar com padrões estéticos. Demonstrando autoaceitação e resistência às normas vigentes.

Camila Pitanga completou 47 anos, em junho, postando foto de biquíni durante uma viagem aos Lençóis Maranhenses. Muitos comentários nas redes sociais chamavam atenção para o seu "corpo de boneca, apesar da idade". Diziam ainda: "O tempo não passa para Camila Pitanga".

A atriz falou à repórter Maria Fortuna sobre a cobrança em cima das mulheres pela eterna juventude no "Conversa vai, conversa vem", videocast do jornal O GLOBO.

— O tempo passa, sim. E vem a opressão, a manutenção de um tipo de beleza e jovialidade que não é verdade, que não vai acontecer porque a gente perece como planta, como bicho. E parecer não é necessariamente ruim. Se saímos do escopo de um tipo de beleza, de um padrão, vemos também que as fissuras, os vincos, tudo isso tem beleza, é história, cicatriz. E isso, também por causa do meu trabalho, eu não quero perder.

Camila curte viver de "cara lavada e pé no chão":

— Gosto de ser quem eu sou e não quero performar algo além disso. Estou com 47 anos. Não escondo o tempo no meu rosto. Como diz meu pai (o ator Antonio Pitanga), que está com 85: "Rumo aos 100". Faço a minha bike, pedalo, nado no mar.

Mas a atriz reconhece que não está "totalmente resolvida e isenta dessa escravidão, desse diálogo com os padrões".

— Faço terapia para botar minha cabeça no lugar, para malhar o espírito, para esculpir a minha alma — diz. — Sou uma negra em movimento. Me penso em relação ao tempo, a essas armadilhas, aos estereótipos e estigmas que se tem de uma atriz latina.. Não quero ficar presa, mas você tem que ter um diálogo com isso.

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