Camila Pitanga emagreceu seis quilos para viver sua nova personagem, na novela "Beleza fatal", prevista para ir ao ar em janeiro de 2025. Lola é uma espécie de "papisa da beleza, da harmonização facial", como resume sua intérprete.
Dona de uma clínica de estética, mau caráter e assassina, ela tem o biotipo magérrimo e exigiu que a atriz enfrentasse uma maratona de malhação de seis dias por semana, sempre às cinco da manhã. Era o horário que sobrava durante as muitas horas de gravação do folhetim.
A atriz deu detalhes sobre seu novo papel em entrevista à jornalista Maria Fortuna no "Conversa vai, conversa vem", videocast do jornal O GLOBO.
- Ela é uma influencer digital, que se casou com um cara muito rico e tem tino comercial. É uma mistura de Maíra Cardi com Beyoncé. E não mede esforços para vender - explica. - É dessas mulheres esquálidas, pautadas por esse estatuto de beleza. Esculpi o corpo e, aos 47 anos, isso é mais difícil por causa do metabolismo. O Felipe (personal trainer) me pegava às cinco da manhã com um café, e eu zureta. Malhava de segunda a sábado. Mas já chegava para gravar com endorfina, na voltagem dela.
Não só a maratona, mas toda a vibe de Lola mexeu com a saúde de Camila.
- A personalidade dela vai escalando na maldade, na violência e morte. Eu me entreguei tanto... Não à toa, adoeci (Camila teve uma pneumonia assintomática e precisou ser internada, em março).
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Com looks produzidíssimos e cabelão, a personagem promete virar hit. Há quem enxergue um paralelo de humor parecido com a icônica Bebel, prostituta que Camila interpretou na novela "Paraíso Tropical".
- Seria uma prima bem-sucedida da Bebel, só que mais pérfida. Tem um humor característico da Bebel, mas, ao mesmo tempo, é de outro planeta. Se identificarem a Bebel ali vou adorar, porque é um trabalho pelo qual tenho muito carinho. Mas Lola tem uma afetação muito própria. Estou super maquiada para compor esse rosto que a gente está vendo por aí, modificado, com botox, harmonização facial. É uma novela que fala desse culto à beleza, o quanto que isso também pode ser uma grande armadilha.
- Perdeu o primeiro episódio? Assista a entrevista de Maria Fortuna com Carmo Dalla Vecchia aqui
Sempre estudiosa, Camila costuma fazer pastas com referências que a inspiram no processo de composição de seus personagens. Reúne imagens, desenhos e recorre à músicas nesta construção. No caso de Lola, que dialoga com o mundo contemporâneo da internet, o manancial de pesquisa estava nas redes sociais.
- Sabe essa coisa de comércio nas redes e de viver uma vida de popstar mesmo? A gente vê várias influencers que faturam com a própria vida pessoal, o dia a dia. Já acordam performando. Tomam café da manhã, só falta ir na privada... Se bobear tem, né? (risos) Tudo vira dinheiro. Tudo um pouco fake e, às vezes, é a realização que a pessoa conquistou - analisa. - Tem essa loucurinha dos nossos tempos.