Conheça os requintes de crueldade do canibal Jeffrey Dahmer, interpretado em série por Evan Peters

Dirigida por Ryan Murphy, produção estreou nesta quarta-feira (21) e é baseada na história real do serial killer que matou 17 homens e garotos entre 1978 e 1991, guardando parte de seus corpos em casa


O assassino Jeffrey Dahmer (esq.) e o ator Evan Peters caracterizado na série — Foto: Reprodução

Responsável pela morte de 17 homens e garotos entre 1978 e 1991, Jeffrey Dahmer entrou para o infame rol dos maiores serial killers da história. Conhecido como o Canibal de Milwaukee, ele é a inspiração da série "Dahmer: Um canibal americano", idealizada por Ryan Murphy (de "American Horror Story"), que estreia na Netflix nesta quarta-feira (21). Na produção, o assassino em série é interpretado por Evan Peters (Da franquia "X-Men", do filme "Quebrando as regras" e da série "WandaVision").

Jeffrey Dahmer nasceu em 1960, em Milwaukee, Wisconsin, e mudou-se com os pais ainda criança para Bath, Ohio. Após seus pais passarem por problemas no casamento, tornou-se uma criança solitária, posteriormente descrito por colegas de escola como "estranho" e "bizarro" por causa de brincadeiras que fazia, como fingir ataques epilépticos. Aos 10 anos, aprendeu a conservar ossos de animais em alvejante e outros produtos químicos, e, na adolescência, dissecava animais mortos que encontrava na estrada, enterrando-os depois nos fundos de casa.

Na adolescência, Dahmer se descobriu homossexual, e chegou a se relacionar com um colega, sem contar aos pais. Suas fantasias passaram a envolver a submissão absoluta do parceiro, com o mesmo controle que tinha sobre os animais dissecados. Ele chegou a se esconder com um taco de basebol para atacar um homem por quem sentia atração, mas não levou o plano a cabo.

Primeiro assassinato

Em 1977, após os pais se separarem, sua mãe o abandonou e ele foi viver sozinho em um hotel. Morando em uma casa sozinho, no ano seguinte cometeu o primeiro assassinato: após dar carona a Steven Hicks, de 18 anos, o convenceu a tomar um drink em sua casa, onde o estrangulou com um haltere de 5 kg. Depois ele dissecou o corpo no porão, dissolvendo a carne em ácido e destruindo os ossos com uma marreta.

Morando em Milwaukee com a avó, Dahmer desenvolveu um sinistro modus operandi que envolvia atrair vítimas em locais como bares e saunas gays e depois sedá-las no porão da casa, antes de estrangulá-las. O assassino fazia sexo com os corpos antes desmembrá-los e dissolver a maior parte dos membros. Um de seus hábitos mais assustadores era dissolver a carne das cabeças e guardar os crânios das vítimas. Outro detalhe bizarro vinha das tentativas de injetar ácido clorídrico no cérebro das vítimas ainda vivas, para mantê-las em um estado de semiconsciência.

Antes de ser preso em 1991, Jeffrey Dahmer chegou a entrar para o exército, mas foi expulso após ser acusado de drogar e estuprar dois colegas, e também foi detido outras duas vezes por crimes de natureza sexual, incluindo abuso infantil.

Quatro cabeças decepadas e sete crânios dissecados

Quando policiais o prenderam em seu apartamento, na madrugada de 22 de julho de 1991, após a denúncia de um homem que conseguiu escapar do serial killer, foram encontrados sete crânios, quatro cabeças decepadas, dois corações humanos, um torso no freezer e um saco cheio de órgãos e carne humana. Dois pênis cortados e preservados e um escalpo mumificado, além de três torsos sendo dissolvidos em um tambor de 200 litros de ácido, também entraram no registro dos legistas que investigaram o caso.

Em 15 de fevereiro de 1992, Dahmer foi condenado a 15 sentenças de prisão perpétua por homicídio em primeiro grau em Wisconsin (meses depois, seria condenado outra vez à prisão perpétua pelo crime cometido em Ohio). Em 1994, o serial killer foi morto por outro detento do Instituto Correcional da Columbia, Christopher Scarver, com uma barra de metal.

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