Preço da gasolina sobe na primeira semana de 2023 e ultrapassa os R$5, diz ANP. É a segunda alta seguida
Preço médio subiu de R$ 4,96, na semana passada, para R$5,12, nesta semana. É o maior patamar desde setembro do ano passado
Por Bruno Rosa — Rio
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Abastecimento em posto de gasolina no Rio
Abastecimento em posto de gasolina no RioRebecca Maria
O preço da gasolina subiu nos postos na primeira semana de 2023. É, portanto, a segunda segunda semana seguida de alta nos preços, de acordo com pesquisa feita pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).
O preço médio por lito da gasolina no Brasil subiu de R$ 4,96 na semana passada, para R$5,12, na primeira semana deste ano. Foi um avanço de 3,22%. Antes desse movimento de alta, o preço chegou a acumular cinco semanas seguidas de queda.
O preço máximo encontrado no Brasil, segundo a ANP, foi de R$ 7,79 por litro em São Paulo.
O diesel também subiu: passou de R$ 6,25 para R$ 6,41 por litro em média, interrompendo cinco semanas de queda. Foi um aumento de 2,56%.
O aumento ocorre em um momento em que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) pediu a instauração de inquérito para apurar possíveis irregularidades na alta de preços dos combustíveis no país este ano.
Em outra frente, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), vinculada ao Ministério da Justiça, notificou sete entidades ligadas ao setor de combustíveis em Rio, São Paulo e Paraná, após relatos sobre aumento de preços da gasolina serem compartilhados em redes sociais e noticiados pela imprensa.
Segundo dados da ANP, é o maior patamar desde setembro do ano passado. Na semana do dia 28 de agostos a três de setembro, o valor médio da gasolina era de R$ 5,17.
Os presidentes da Petrobras desde o primeiro governo Lula
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José Eduardo Dutra foi presidente da Petrobras de 2 de janeiro de 2003 a 22 de julho de 2005, no primeiro mandato de Lula — Foto: Aílton de Freitas/Agência O Globo 2 de 12
Sérgio Gabrielli foi nomeado presidente da Petrobras no segundo mandato de Lula e continuou no comando da empresa até fevereiro de 2013, já no governo de Dilma Rousseff. No seu mandato, a estatal segurou os preços dos combustíveis — Foto: Domingos Peixoto/Agência O Globo
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Maria da Graça Foster foi presidente da empresa de fevereiro de 2012 a fevereiro de 2015, no governo de Dilma Rousseff — Foto: Divulgação/Agência Petrobras 4 de 12
Aldemir Bendine foi o terceiro presidente da Petrobras no governo Dilma Rousseff. Ficou no comando da empresa de 6 de fevereiro de 2015 a 30 de maio de 2016. Foto Givaldo Barbosa/Agência O Globo 5 de 12
Pedro Parente foi presidente da Petrobras de 30 de maio de 2016 a 1 de junho de 2018, no governo de Michel Temer. Sob sua gestão, a estatal mudou seu estatuto e ampliou as regras de governança. Ele estava no comando da empresa durante a greve dos caminhoneiros — Foto: Jorge William/Agência O Globo 6 de 12
Ivan Monteiro sucedeu Parente quando este saiu após a greve dos caminhoneiros. Monteiro ficou à frente da Petrobras também no governo de Michel Temer, de 1 de junho de 2018 a 3 de janeiro de 2019 — Foto: Márcio Alves/Agência O Globo 7 de 12
Roberto Castello Branco comandou a empresa no início do governo Bolsonaro e deixou a presidência da Petrobras em abril de 2021, após desgaste com o presidente em meio a reajustes de combustíveis. Ele foi indicado por Guedes — Foto: AFP 8 de 12
Joaquim Silva e Luna assumiu a presidência da empresa em 16 de abril de 2021 e foi demitido por Bolsonaro, segundo integrantes do governo, em meio à pressão por conta do aumento no preço dos combustíveis, e depois de críticas feitas pelo governo e pelo Congresso à estatal — Foto: Antônio Cruz / Agência Brasil 9 de 12
Quarto presidente da Petrobras nomeado por Jair Bolsonaro, José Mauro Ferreira Coelho renunciou após forte pressão do presidente e do Congresso. Ele havia sido demitido após 40 dias.— Foto: PR 10 de 12
Caio Paes de Andrade, ex-secretário de Desburocratização de Guedes, assumiu a presidência da Petrobras em junho de 2022 — Foto: Divulgação 11 de 12
Escolhido pelo presidente Lula, Jean Paul Prates presidiu a estatal de janeiro de 2023 a maio de 2024 — Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo 12 de 12
Depois de um processo tenso com a demissão de Prates, Magda Chambriard foi escolhida para dirigir a Petrobras a partir de maio de 2024 - Foto: Ana Paula Paiva / Valor
Desde o primeiro governo de Lula, empresa teve onze presidentes. Magda Chambriard é a 12º
A tendência, dizem analistas do setor, é que os preços dos combustíveis podem subir nas próximas semanas por conta do novo valor de referência usado para calcular o ICMS.
Até o dia 31 de dezembro, o preço de referência sobre o qual incide o ICMS levava em conta uma média dos preços nos últimos cinco anos. Na prática, isso reduzia o valor final dos combustíveis. A medida foi uma investida para baixar o preço do combustível pelo Congresso, com o apoio do governo de Jair Bolsonaro. Assim, a partir de janeiro, o preço de referência volta a ser calculado com base em pesquisas quinzenais realizadas em todo o país.
A pesquisa mais recente, de 26 de dezembro, que baliza a cobrança do ICMS para o início de janeiro, indica um patamar maior para a gasolina e diesel.
Veja o valor médio da gasolina por estado (Em R$ por litro)