Paes: 'Não podemos permitir que o Galeão seja destruído'

Prefeito volta a defender que o terminal tenha protagonismo para manter a vocação do Rio de cidade global e de capital do turismo

Por O Globo — Rio


Aeroporto Internacional Tom Jobim Rio Galeão, no Rio de Janeiro Gabriel Monteiro/Agência O GLOBO

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, voltou a defender hoje que é preciso que o Galeão volte a ter o protagonismo para que o Rio mantenha essa vocação de cidade global, de capital do turismo e de porta de entrada da cidade. Em um vídeo publicado no Twitter, ele explica que essa "defesa intransigente" pelo aeroporto internacional não tem a ver com o Santos Dumont, ao qual classificou de "charme de aeroporto e super confortável".

"O Santos Dumont é um charme e super confortável. Mas há um limite de segurança. Ficam a Ponte-Aérea, os voos para Brasília e outros lugares. Mas os voos domésticos precisam ter conexão no Galeão para atrair voos internacionais".

Segundo ele, o Rio precisa de um aeroporto internacional e quantos mais voos vão para o Santos Dumont mais o terminal da Ilha do Governador perde.

"Não podemos permitir que o Galeão seja destruído", afirmou.

Em outro post, Paes rebateu as críticas, afirmando que, mesmo com o Galeão do jeito que está, o Rio é o maior receptor do Brasil de turistas internacionais em viagens de lazer, acrescentando que, em 2022 cerca de 500 mil passageiros internacionais com o destino Rio tiveram que fazer conexão em São Paulo para chegar à cidade.

Segundo ele, hoje, o Rio tem voo direto para somente 27 destinos domésticos. São Paulo tem 57, Brasília 40, BH 39, Recife 30. Em função desse baixo número, disse, cerca de 5 mil passageiros por dia têm que fazer prlo mrnos uma conexão para chegar ao destino final.

"Este o maior número entre as 10 principais cidades brasileiras. BH, por exemplo, são 2.300 passageiros/dia; em São Paulo são 2.700. Isto é resultado da concentração de voos em um aeroporto estrangulado como o Santos Dumont", afirmou.

O prefeito ressaltou ainda que o Galeão não tem mais conexão com Porto Alegre, Florianópolis e Curitiba, mercados importantíssimos para alimentar os voos intercontinentais do Rio de Janeiro.

"Sem esses passageiros, um Lufthansa (Rio-Munich) nao consegue voltar para diária, uma American Airlines não consegue manter o voo JFK pelo ano inteiro. Só alta estação…".

Esta semana, a Infraero, responsável pelo Santos Dumont, revisou a capacidade do terminal de 9,9 milhões para 15,3 milhões de passageiros por ano, ou mais 54,5%.

A informação foi atualizada no site da Infraero após reportagem do GLOBO, publicada na terça-feira, mostrar que o aeroporto estava trabalhando acima da capacidade, com 10,17 milhões de passageiros em 2022.

A mudança foi criticada por especialistas e também pelo prefeito Eduardo Paes que chamou a decisão de "canalhice" em post em rede social.

Mais recente Próxima Fusão entre videogames e filmes é 'natural', diz produtor de 'Super Mario Bros.'