Concessionária do Galeão diz que já formalizou interesse de ficar no aeroporto do Rio e vai investir R$ 15 milhões
O ministro de Portos e Aeroportos afirmou que vai cobrar uma resposta definitiva da Changi, mas empresa condiciona solução a negociação com o governo sobre a concessão
Por O Globo — Brasília
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Galeão: concessionária negocia permanência no aeroporto internacional do Rio
Galeão: concessionária negocia permanência no aeroporto internacional do RioGuito Moreto/Agência O Globo
A concessionária RIOgaleão, que administra o Aeroporto Internacional do Galeão, na Zona Norte do Rio, informou hoje que formalizou há poucos dias junto ao Ministério de Portos e Aeroportos e outros órgãos do governo ligados ao setor o seu interesse em continuar à frente do terminal. E informou que já tem um plano para fazer investimentos adicionais de R$ 15 milhões no aeroporto em função do aumento de passageiros com mudanças no Santos Dumont.
No entanto, a concessionária controlada pela operadora de Cingapura condicionou a permanência no Galeão a "uma solução conjunta para a concessão, que deverá ser construída com o governo federal", diz um trecho do comunicado enviado hoje ao GLOBO, sem mencionar diretamente a demanda da companhia de renegociar os termos do contrato de concessão.
A concessionária informou que está em dia com o pagamento de outorgas, remuneração ao governo pelo direito de explorar o aeroporto, e confirmou que uma reunião com o ministério acontecerá "nas próximas semanas".
"Nesta semana, a Concessionária Aeroporto Rio de Janeiro (CARJ) enviou ofício formalizando junto ao Ministério de Portos e Aeroportos, à Anac e à Coordenação da PPI o interesse em permanecer na operação do Aeroporto Internacional Tom Jobim. A continuidade à frente do terminal depende agora de uma solução conjunta para a concessão, que deverá ser construída com o governo federal", informou a RIOgaleão.
Fotos: Movimentação nos aeroportos Santos Dumont e Galeão no Rio
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Movimento de passageiros no Aeroporto Internacional do Galeão em agosto de 2023 — Foto: Guito Moreto/Agência O Globo 2 de 8
Galeão está pleiteando mais voos que estão indo para o Santos Dumont — Foto: Guito Moreto/Agência O Globo
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A solução para enfrentar o esvaziamento, é transferir voos do Santos Dumont para o Galeão — Foto: Gabriel de Paiva / Agência O Globo 4 de 8
Aeroporto Santos Dumont lotado após cancelamento de voos em agosto de 2023 — Foto: Gabriel de Paiva/Agência O Globo 5 de 8
Avião decola do Aeroporto Santos Dumont em abril de 2023 — Foto: Lucas Tavares/Agência O Globo 6 de 8
Aeroporto Santos Dumont lotado após cancelamento de voos em outubro de 2022. Pesquisa releva que seis em cada dez passageiros do RJ que embarcam do Santos Dumont aceitam voar do Galeão. — Foto: Lucas Tavares/Agência O Globo 7 de 8
Transferência de voos para Galeão deve se acentuar a partir de janeiro — Foto: Lucas Tavares/Agência O Globo 8 de 8
Galeão: em outubro, restrições no Santos Dumont levarão a um corte de oferta de 415.940, enquanto o Galeão vai ganhar 53.695 — Foto: Guito Moreto/Agência O Globo
Medidas do governo transferem voos do Santos Dumont para o Galeão
Na entrevista ao GLOBO, o ministro afirmou que, além de buscar uma resposta definitiva da Changi sobre se vai de fato desistir de devolver o aeroporto à União, também vai pedir detalhes sobre quais são os planos de investimento da concessionária em caso de permanência. Ele estimou que o encontro com executivos da Changi se dará em duas semanas.
Hoje, a concessionária lembrou que Costa Filho visitou recentemente o aeroporto para conhecer as instalações e "ajustes e investimentos que estão sendo feitos" em função do aumento no número de passageiros com o início da transferência de voos do Santos Dumont para o Galeão. E informou que, "diante dessa nova realidade, o RIOgaleão prevê investimentos adicionais de R$ 15 milhões até o fim de 2023".
Veja os 38 ministros do governo Lula
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Luiz Inácio Lula da Silva, durante reunião com Silvio Costa Filho (Republicanos- PE), Ministro de Portos e Aeroportos e André Fufuca (PP-MA), Ministro dos Esportes— Foto: Ricardo Stuckert / PR 2 de 37
Fernando Haddad (PT), ministro da Fazenda. Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo
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Sonia Guajajara (PSOL), ministra dos Povos Originários — Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados 4 de 37
Flávio Dino (PSB), Ministro da Justiça e Segurança Pública — Foto: Cadu Gomes / Secom 5 de 37
Rui Costa (PT), ministro da Casa Civil — Foto: Mateus Pereira / GOVBA 6 de 37
José Mucio Monteiro, ministro da Defesa — Foto: Aílton de Freitas/Infoglobo 7 de 37
O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), ministro da Indústria e Comércio — Foto: Fabio Pinheiro/CBIC 8 de 37
Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial — Foto: Bleia Campos/Reprodução/Instagram 9 de 37
Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores — Foto: Aílton de Freitas/O Globo 10 de 37
Margareth Menezes, ministra da Cultura — Foto: José de Holanda 11 de 37
Camilo Santana (PT), ministro da Educação — Foto: Thiago Gadelha/Divulgação 12 de 37
Luciana Santos (PCdoB), ministra da Ciência e Tecnologia — Foto: Divulgação 13 de 37
Márcio França (PSB), se tornou ministro de Empreendedorismo e Micro e Pequenas Empresas e da Empresa de Pequeno Porte após reforma— Foto: Edilson Dantas / O Globo 14 de 37
Wellington Dias (PT), ministro do Desenvolvimento Social — Foto: EVARISTO SA / AFP 15 de 37
Nísia Trindade, ministra da Saúde. Foto de Márcia Foletto / Agência O Globo — Foto: Márcia Foletto / Agência O Globo 16 de 37
Esther Dweck, ministra da Gestão — Foto: Aílton de Freitas/Agência O Globo 17 de 37
Alexandre Padilha (PT), ministro das Relações Institucionais— Foto: Givaldo Barbosa/Agência O Globo 18 de 37
Cida Gonçalves, ministra da Mulher — Foto: Ton Molina/Fotoarena/Agência O Globo 19 de 37
Jorge Messias, advogado-geral da União — Foto: Jorge William/Ag. O Globo 20 de 37
Vinicius Marques de Carvalho, ministro-chefe Controladoria-Geral da União — Foto: Ton Molina/Fotoarena/Agência O Globo 21 de 37
Silvio Almeida, ministro de Direitos Humanos— Foto: Reprodução/Instagram 22 de 37
Luiz Marinho (PT) ministro do Trabalho — Foto: Edilson Dantas / O Globo 23 de 37
Simone Tebet (MDB), ministra do Planejamento e do Orçamento — Foto: NELSON ALMEIDA / AFP 24 de 37
Marina Silva (Rede), ministra do Meio Ambiente e Mudança Climática — Foto: Maria Isabel Oliveira / Agência O Globo 25 de 37
Renan Filho (MDB), ministro dos Transportes — Foto: Marcio Ferreira/Governo de Alagoas 26 de 37
Paulo Teixeira (PT), ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar — Foto: Divulgação 27 de 37
Carlos Fávaro (PSD), ministro da Agricultura e da Pecuária — Foto: Roque de Sá/Agência Senado 28 de 37
Carlos Lupi (PDT), ministro da Previdência Foto: Rebecca Alves/Agência O Globo 29 de 37
Juscelino Filho (União Brasil), ministro das Comunicações — Foto: Divulgação - Câmara dos Deputados 30 de 37
Paulo Pimenta (PT), ministro-chefe da secretaria de Comunicação— Foto: Divulgação - Câmara dos Deputados 31 de 37
Celso Sabino (União-PA), Ministério do Turismo - Foto Cleia Viana/Câmara dos Deputados 32 de 37
Jader Filho (MDB), ministro das Cidades — Foto: Divulgação 33 de 37
Waldez Góes (PDT), ministro da Integração Nacional — Foto: Divulgação - governo do Amapá 34 de 37
André de Paula (PSD), ministro da Pesca — Foto: Paulo Sérgio/Câmara dos Deputados 35 de 37
Alexandre Silveira (PSD) ministro de Minas e Energia — Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado 36 de 37
Marcos Amaro vai comandar o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) — Foto Brenno Carvalho / Agência O Globo 37 de 37
Márcio Macedo(PT), ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência — Foto: EVARISTO SA / AFP
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Até agora, mesmo com a limitação do Santos Dumont para favorecer a revitalização do Galeão, a permanência da empresa é incerta. Uma renegociação do contrato definido no leilão de concessão demandaria anuência do Tribunal de Contas da União (TCU), que já autorizou que o governo desista da relicitação do aeroporto, que havia sido devolvido à União em fevereiro de 2022, sob o argumento de desiquilíbrio financeiro em consequência ao tombo no movimento de passageiros.
Com isso, a corte abriu caminho para que a RIOgaleão continue à frente do aeroporto internacional do Rio, estabelecendo, porém, uma série de condicionantes a serem cumpridas, incluindo o pagamento das outorgas e os investimentos previstos no contrato original. Mas a concessionária, ao confirmar seu interesse em continuar a administrar o Galeão, poderá renegociar o cronograma desses pagamentos ao governo.