Shein, gigante chinesa do vestuário on-line, planeja lançar ações em Bolsa nos EUA

Segundo fonte ouvida pela Bloomberg, a companhia submeteu secretamente documentos com o pedido de autorização para a abertura de capital a reguladores do mercado americano

Por Bloomberg — Nova York


Loja pop-up da Shein dentro da Forever 21 da Times Square, em Nova York Yuki Iwamura/Bloomberg

A companhia de vestuário fast fashion Shein ingressou confidencialmente com um pedido junto a reguladores do mercado de capitais nos EUA para uma oferta pública inicial de ações. A entrada da gigante chinesa do e-commerce numa bolsa americana aconteceria no ano que vem, disse uma fonte a par dos planos à agência Bloomberg.

A varejista on-line, fundada na China mas atualmente sediada em Cingapura, está contando com a assessoria dos bancos americanos Goldman Sachs, JPMorgan e Morgan Stanley, informou a fonte.

Shein e os bancos se recusaram a comentar a informação, que foi noticiada em primeira mão pelo veículo Shanghai Securities News.

A Shein se tornou popular graças à sua estratégia de oferecer roupas em uma plataforma de e-commerce com preços muito baixos, seguindo tendências de moda que mudam rapidamente. A companhia tem um valor de mercado estimado em cerca de US$ 90 bilhões em uma abertura de capital nos EUA, estimou a Bloomberg recentemente.

Taxação de e-commerce internacional no Brasil alcançou a Shein — Foto: Fábio Rossi/Agência O Globo

As vendas da Shein superam com folga as de grandes varejistas de roupas no mundo, como Zara e H&M, no segmento chamado de fast fashion.

Ao mesmo tempo, a companhia vem sendo alvo de escrutínio com denúncias de más condições de trabalho em fábricas parceiras, produção exagerada de peças de baixa qualidade e uso de algodão de uma região da China que é acusada de abrir trabalhos forçados.

Senadores americanos notificaram o CEO da Shein, Chris Xu, para esclarecer informações sobre as denúncias de violações trabalhistas que estariam por trás de seus preços baixos e rápida troca de coleções.

As críticas não foram suficientes para interromper o seu crescimento meteórico no mundo. No ano passado, a empresa abriu centros de distribuição nos EUA, Canadá e na Europa. Também iniciou a expansão de sua produção local em países como Turquia, Índica e Brasil, onde também foi alvo do aperto da Receita Federal e acabou aderindo ao programa de conformidade para pagar os impostos decorrentes da venda de importados.

Mais recente Próxima Cinco dias após troca de comando no Bradesco, dois executivos deixam a cúpula do banco