CEO da Airbus diz que acidente em aeronave Boeing foi uma 'lição' para a indústria

Executivo afirma que empresas devem reforçar medidas de segurança para evitar incidentes como o da rival

Por e — Rio de Janeiro


Prédio da Airbus na França AFP

O CEO da Airbus, Guillaume Faury, disse que o acidente com a aeronave da Boeing na semana passada, foi uma lição para que toda a indústria reforce medidas de segurança, mesmo que casos como esse se tornem cada vez mais raros.

— Nunca é bom quando um incidente ocorre, seja qual for o tipo de avião. Esse incidente nos tornou mais humildes — disse Faury no World Government Summit em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, nesta segunda-feira.

O acidente com uma aeronave modelo Boeing 737 Max 9 no mês passado, no qual um painel da fuselagem se soltou durante o voo e deixou um grande buraco no jato, fez a empresa europeia repensar o que deveria “estar fazendo para não estar nessa situação”, disse Faury.

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Documento do Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB, em inglês) aponta que quatro parafusos não instalados podem ter causado o incidente no voo da Alaska Airlines. A empresa disse ter encontrado parafusos soltos em várias aeronaves Boeing em inspeção no fim do mês.

Enquanto investidores afirmaram que a Airbus se beneficiaria dos problemas enfrentados pela Boeing, com reguladores americanos olhando com mais atenção para a empresa, Faury teve o cuidado de não parecer estar sendo favorecido pela crise da rival.

Ainda assim, o fabricante europeu de aviões está buscando maneiras de potencialmente conquistar clientes leais à Boeing, à medida que a empresa americana é obrigada a reduzir a produção para melhorar a qualidade.

A Airbus, sediada em Toulouse, no sul da França, está pronta para divulgar os resultados do quarto trimestre na quinta-feira.

Alguns analistas esperam que a empresa eleve sua meta de entrega planejada para este ano em cerca de 10%, para cerca de 800 aeronaves. A Airbus ganhou cerca de 7,3% em valor de mercado neste ano, enquanto a Boeing perdeu cerca de 20% desde o início de 2024.

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