Drake, Rihanna e Bob Dylan voltam ao TikTok; entenda

Universal Music fecha acordo com a plataforma, permitindo que as músicas de seus artistas voltem a ser usadas pelos fãs em seus vídeos. Taylor Swift, que é da gravadora, já tinha liberado algumas canções

Por Bloomberg — Nova York


Músicas de Taylor Swift voltaram ao TikTok em abril, antes da Universal Music resolver questões de licenciamento com a plataforma de mídica social Reprodução

A Universal Music Group, a maior gravadora do mundo, informou que firmou um novo acordo de licenciamento com o TikTok, encerrando uma disputa que levou à retirada das músicas de seus artistas da plataforma de mídia social.

Sendo assim, artistas da Universal Music, entre eles Drake, Rihanna, The Weeknd, Kendrick Lamar e Bob Dylan, estarão disponíveis no aplicativo dentro de uma a duas semanas, segundo informou o TikTok.

Em comunicado conjunto publicado nesta quinta-feira, as duas empresas informam que o acordo levará a uma "melhor remuneração" para os compositores e artistas da Universal Music, novas oportunidades promocionais e de engajamento para suas músicas e proteções com relação à Inteligência Artificial (IA) generativa, disseram as duas empresas em um comunicado na quinta-feira.

"A música é parte integrante do ecossistema do TikTok e estamos satisfeitos por termos encontrado um caminho a seguir com o Universal Music Group", disse Shou Chew, CEO do TikTok, no comunicado.

As ações da Universal subiram até 2,5% na Bolsa de Frankfurt na quinta-feira.

Em janeiro, a Universal Music decidiu remover suas músicas do aplicativo de vídeos curtos de propriedade da gigante chinesa ByteDance após meses de negociações sobre uma disputa de licenciamento.

Os vídeos que continham músicas de propriedade da Universal Music Group foram silenciados enquanto a gravadora criticava publicamente o TikTok, acusando o aplicativo de "tentar criar um negócio baseado em música sem pagar o valor justo pela música".

As negociações entre as duas empresas foram interrompidas, em parte, devido a preocupações com a capacidade do aplicativo de proteger os artistas dos efeitos nocivos da inteligência artificial. O TikTok, que tem mais de um bilhão de usuários, na época chamou a medida de "triste e decepcionante".

O TikTok é responsável por apenas cerca de 1% da receita total da empresa, ou cerca de US$ 110 milhões, disse a Universal Music em uma carta aberta em janeiro.

O YouTube, por outro lado, pagou à indústria da música US$ 1,8 bilhão com conteúdo gerado pelo usuário nos 12 meses que terminaram em junho de 2022.

Venda de ingressos no aplicativo

Como parte do acordo, as empresas trabalharão em conjunto para "concretizar novas oportunidades de monetização" usando os crescentes recursos de comércio eletrônico do TikTok. Os artistas terão acesso a novas ferramentas, análises aprimoradas e recursos integrados de venda de ingressos, segundo o comunicado.

Em um movimento que pode muito bem ter corroído o poder de barganha da gravadora, a estrela pop Taylor Swift, uma dos maiores artistas da Universal Music, liberou que uma seleção de suas músicas retornasse ao TikTok enquanto promovia seu último álbum, "The Tortured Poets Department", lançado em 19 de abril, permitindo que suas canções pudessem ser novamente pelos fãs em seus vídeos.

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Swift detém os direitos autorais de suas gravações por meio de seu contrato de 2018 com a Universal e pode controlar onde suas músicas estão disponíveis, de acordo com o Financial Times.

O catálogo musical de Swift estava entre as obras retiradas do TikTok em fevereiro, depois que a empresa e a Universal não renovaram o acordo de licenciamento vencido em 31 de janeiro.

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