Eleito, prioridade de Lula é renovar Auxílio Brasil de R$ 600 e dar aumento real para o mínimo

Petistas pretendem retomar o nome do Bolsa Família, marca histórica do partido

Por Manoel Ventura — Brasília


Lula foi votar vestido de branco na manhã deste domingo de segundo turno, em seu berço político, São Bernardo do Campo Nelson Almeida / AFP

Eleito neste domingo, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve ter como prioridade a garantia do Auxílio Brasil de R$ 600 no próximo ano e o reajuste do salário mínimo acima da inflação. O PT, inclusive, planeja retomar o nome Bolsa Família, marca histórica do partido. O Auxílio Brasil foi criado durante o governo Jair Bolsonaro como forma de angariar apoio político da população de baixa renda.

O Auxílio Brasil subiu para R$ 600 em agosto, mas só está garantido esse valor até dezembro. Agora, Lula deve negociar com o Congresso Nacional uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para garantir o benefício nesse valor no próximo ano, driblando o teto de gastos — a norma fiscal que trava as despesas federais.

O presidente eleito também prometeu durante a campanha reajustar o salário mínimo acima da inflação, o que não ocorre desde 2019.

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Pela regra definida pelo entorno do presidente eleito, o aumento seria de 1,3% acima da inflação. Hoje, a inflação prevista para este ano é de 5,6%. Dessa forma, o salário subiria 6,9%, de R$ 1.212 para R$ 1.296.

Lula também precisará negociar esse valor com o Congresso Nacional, já que cada R$ 1 de aumento no mínimo representa R$ 380 milhões a mais de gastos públicos — já que o piso nacional é referência de milhões de aposentadorias, pensões e benefícios.

O petista também quer montar um plano de infraestrutura de emergência, com obras prioritárias em cada estado, logo nos primeiros 100 dias de governo. Além disso, ele planeja recompor despesas do Orçamento de 2023, como o Farmácia Popular e o programa Minha Casa, Minha Vida.

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