Reforma administrativa: É ‘ilusão’ achar que mudança para servidores reduz gastos, diz Haddad
Ministro participou de jantar com empresários do Grupo Esfera e reafirmou que reforma tributária é prioridade
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad
O ministro da Fazenda, Fernando HaddadWashington Costa/MF
Em jantar com empresários na noite desta quarta-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, indicou que a reforma administrativa não é uma prioridade do governo Lula. Para o ministro, é “ilusório” achar que a mudança nas regras para servidores públicos irá representar redução de despesas.
Haddad reiterou que a prioridade é a reforma tributária e, por isso, a mudança para servidores não passará na frente. O ministro ainda disse que os maiores salários estão no Judiciário e no Legislativo, e não no Executivo.
A despesa com servidores é a segunda maior do governo federal, em cerca de R$ 300 bilhões por ano, atrás apenas dos gastos com a Previdência.
Veja os 38 ministros do governo Lula
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Luiz Inácio Lula da Silva, durante reunião com Silvio Costa Filho (Republicanos- PE), Ministro de Portos e Aeroportos e André Fufuca (PP-MA), Ministro dos Esportes— Foto: Ricardo Stuckert / PR 2 de 37
Fernando Haddad (PT), ministro da Fazenda. Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo
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Sonia Guajajara (PSOL), ministra dos Povos Originários — Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados 4 de 37
Flávio Dino (PSB), Ministro da Justiça e Segurança Pública — Foto: Cadu Gomes / Secom 5 de 37
Rui Costa (PT), ministro da Casa Civil — Foto: Mateus Pereira / GOVBA 6 de 37
José Mucio Monteiro, ministro da Defesa — Foto: Aílton de Freitas/Infoglobo 7 de 37
O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), ministro da Indústria e Comércio — Foto: Fabio Pinheiro/CBIC 8 de 37
Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial — Foto: Bleia Campos/Reprodução/Instagram 9 de 37
Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores — Foto: Aílton de Freitas/O Globo 10 de 37
Margareth Menezes, ministra da Cultura — Foto: José de Holanda 11 de 37
Camilo Santana (PT), ministro da Educação — Foto: Thiago Gadelha/Divulgação 12 de 37
Luciana Santos (PCdoB), ministra da Ciência e Tecnologia — Foto: Divulgação 13 de 37
Márcio França (PSB), se tornou ministro de Empreendedorismo e Micro e Pequenas Empresas e da Empresa de Pequeno Porte após reforma— Foto: Edilson Dantas / O Globo 14 de 37
Wellington Dias (PT), ministro do Desenvolvimento Social — Foto: EVARISTO SA / AFP 15 de 37
Nísia Trindade, ministra da Saúde. Foto de Márcia Foletto / Agência O Globo — Foto: Márcia Foletto / Agência O Globo 16 de 37
Esther Dweck, ministra da Gestão — Foto: Aílton de Freitas/Agência O Globo 17 de 37
Alexandre Padilha (PT), ministro das Relações Institucionais— Foto: Givaldo Barbosa/Agência O Globo 18 de 37
Cida Gonçalves, ministra da Mulher — Foto: Ton Molina/Fotoarena/Agência O Globo 19 de 37
Jorge Messias, advogado-geral da União — Foto: Jorge William/Ag. O Globo 20 de 37
Vinicius Marques de Carvalho, ministro-chefe Controladoria-Geral da União — Foto: Ton Molina/Fotoarena/Agência O Globo 21 de 37
Silvio Almeida, ministro de Direitos Humanos— Foto: Reprodução/Instagram 22 de 37
Luiz Marinho (PT) ministro do Trabalho — Foto: Edilson Dantas / O Globo 23 de 37
Simone Tebet (MDB), ministra do Planejamento e do Orçamento — Foto: NELSON ALMEIDA / AFP 24 de 37
Marina Silva (Rede), ministra do Meio Ambiente e Mudança Climática — Foto: Maria Isabel Oliveira / Agência O Globo 25 de 37
Renan Filho (MDB), ministro dos Transportes — Foto: Marcio Ferreira/Governo de Alagoas 26 de 37
Paulo Teixeira (PT), ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar — Foto: Divulgação 27 de 37
Carlos Fávaro (PSD), ministro da Agricultura e da Pecuária — Foto: Roque de Sá/Agência Senado 28 de 37
Carlos Lupi (PDT), ministro da Previdência Foto: Rebecca Alves/Agência O Globo 29 de 37
Juscelino Filho (União Brasil), ministro das Comunicações — Foto: Divulgação - Câmara dos Deputados 30 de 37
Paulo Pimenta (PT), ministro-chefe da secretaria de Comunicação— Foto: Divulgação - Câmara dos Deputados 31 de 37
Celso Sabino (União-PA), Ministério do Turismo - Foto Cleia Viana/Câmara dos Deputados 32 de 37
Jader Filho (MDB), ministro das Cidades — Foto: Divulgação 33 de 37
Waldez Góes (PDT), ministro da Integração Nacional — Foto: Divulgação - governo do Amapá 34 de 37
André de Paula (PSD), ministro da Pesca — Foto: Paulo Sérgio/Câmara dos Deputados 35 de 37
Alexandre Silveira (PSD) ministro de Minas e Energia — Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado 36 de 37
Marcos Amaro vai comandar o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) — Foto Brenno Carvalho / Agência O Globo 37 de 37
Márcio Macedo(PT), ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência — Foto: EVARISTO SA / AFP
Após reforma ministerial PP e Republicanos entraram no governo
Haddad se reuniu com empresários do grupo Esfera Brasil. Entre os 50 convidados estavam nomes como o do presidente da Febraban, Isaac Sidney, o presidente do Conselho do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, e os líderes empresariais Eduardo Bartolomeo (Vale), Rubens Menin (MRV) e Jean Jereissati (Ambev). O encontro foi na casa do advogado Nelson Wilians.
No evento, Haddad também afirmou que o patamar atual da taxa de juro real do Brasil “não tem explicação”. O juro real é a diferença entre a Selic (13,75%) e a inflação.
A taxa de juros definida pelo Banco Central tem sido bombardeada pelo governo, que também tem atacado o presidente do BC, Roberto Campos Neto.
Juros reais negativos
Haddad disse que os países com meta de inflação de 2% a 3%, como é o caso do Brasil, têm juros negativos. Enquanto quem tem juros positivos, disse o ministro, têm taxas que são a metade da do país.
O ministro afirmou ainda que a separação entre política monetária e fiscal “não existe mais em nenhum lugar do mundo” e defendeu que é preciso “fortalecer mais” o Conselho Monetário Nacional (CMN).
O CMN é formado por Haddad, Campos Neto e pela ministra do Planejamento, Simone Tebet.
O Esfera tem participado ativamente do debate sobre soluções para litígios no Carf, o órgão ao qual contribuintes podem recorrer de autuações da Receita Federal, objeto de uma das medidas provisórias que Haddad precisa aprovar no Congresso. O governo também está empenhado na aprovação da reforma tributária neste primeiro semestre.