Marina Silva volta a defender inclusão de agenda de baixo carbono no Plano Safra

Ministra do meio ambiente disse que já fez a sugestão ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro

Por João Sorima Neto — São Paulo


A ministra Marina Silva quer ampliar a agenda de baixo carbono no Plano Safra Cristiano Mariz/ foto de arquivo

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, disse nesta quinta-feira que já sugeriu ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, ampliar a agenda de baixo carbono no Plano Safra. Segundo ela, atualmente, apenas 2% dos recursos do Plano Safra são destinados à agricultura de baixo carbono. A ministra vem defendendo essa alternativa como uma das formas de ampliar a descarbonização no país.

- A sugestão foi transformar todo o Plano Safra em baixo carbono. São R$ 400 bilhões e isso pode criar uma série de ações. Poderíamos ter vários níveis de ações e quem atingisse determinado patamar teria redução de juros - disse Marina durante o fórum de investimentos promovido pelo Bradesco BBI.

Segundo ela, produtores que mantivessem áreas de preservação permanente, implementassem rastreabilidade dos produtos e tivessem certificações, por exemplo, poderiam ter uma redução de juros significativa. A geração de energia limpa, por exemplo, também poderia ser incorporada nessa agenda.

A ministra afirmou que pretende retomar em maio o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDam). O plano está passando por uma reestruturação. Marina disse que o presidente Lula da Silva assumiu seu terceiro mandato com a promessa de que a sustentabilidade seria um dos pilares para a tomada de decisões no governo.

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