Por que a população da Itália não para de diminuir e como isso é um problema para a economia

Número de nascimentos foi o menor desde a fundação do país, e com mais dois mil centenários em 2022. Governo elevou idade da aposentadoria para 67 anos

Por Bloomberg — Roma


Um casal de idosos caminha em rua de Acciaroli, na Itália. Taxa de natalidade despencou no país, e só em 2022 foram mais dois mil centenários Gianni Cipriano / The New York Times

A taxa de natalidade da Itália alcançou uma baixa histórica no ano passado, com menos de sete nascimentos para cada mil habitantes, de acordo com a agência de estatísticas italiana Istat.

A população do país encolheu para cerca de 58,9 milhões de residentes até o início de janeiro deste ano, num momento em que o número de mortes excede o de nascimentos, processo que não está sendo compensado por maior imigração ou outros fatores, segundo anúncio feito pela agência.

Em nascimentos, o movimento é de queda desde 2008, mas esta é a primeira vez que o número total despencou abaixo da marca de 400 mil desde a unificação italiana em meados do século XIX, informou a Istat.

A baixa taxa de natalidade está pressionando a Previdência e os sistemas de saúde em toda a Europa há anos na medida em que o número de adultos em idade ativa para custear o envelhecimento da população está encolhendo.

A Itália está entre os países mais atingidos por esse movimento, tendo tido de elevar a idade para aposentadoria para 67 anos para manter a sustentabilidade do sistema de pensão.

O número de centenários no país, ou seja, de pessoas com 100 anos de idade ou mais, subiu em mais de duas mil pessoas, na comparação com 2021.

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