Procuradoria junto ao TCU pede medidas para garantir 'qualidade' no serviço do Santos Dumont

O aeroporto é administrado pela Infraero, que ampliou a capacidade do terminal em mais de 50%, de 9,9 milhões para 15,3 milhões

Por Geralda Doca — Brasília


No limite: Movimento no aeroporto Santos Dumont voltou ao patamar de antes da pandemia, diz especialista Ana Branco/3-4-2023 Ana Branco/Agência O Globo

O subprocurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Furtado, entrou com representação para que a Corte determine ao governo tomar medidas para garantir qualidade do serviço e segurança no aeroporto Santos Dumont. O aeroporto é administrado pela Infraero, que ampliou a capacidade do terminal em mais de 50%, de 9,9 milhões para 15,3 milhões, conforme mostrou o GLOBO.

"Com o propósito de que o Tribunal, no cumprimento de suas competências constitucionais de controle externo de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da Administração Pública federal, decida pela adoção das medidas necessárias a evitar a perda da qualidade e segurança na operação do Aeroporto Santos Dumont", diz procurador no pedido.

Na sexta-feira, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, em postagens em redes sociais, classificou a expansão da capacidade de movimento de passageiros do Santos Dumont como uma “canalhice” contra o Rio e estratégia para inviabilizar o Galeão.

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Para o procurador, a situação atual do Santos Dumont é preocupante e pode levar a uma "tragédia". O aeroporto vem registrando atrasos diários nos voos, contrariando a legislação, que exige regularidade e pontualidade.

"O excesso de aeronaves e passageiros, além de gerar atrasos e desconfortos aos usuários, pode acarretar ainda sobrecarga de trabalho para diversos agentes dedicados a garantir a segurança e a eficiência dos serviços aeroportuários, com evidente risco da indução de acidentes e até mesmo de uma verdadeira tragédia", argumenta Furtado.

As representações encaminhadas ao TCU são analisadas pela aérea técnica da Corte e pode resultar em abertura de processo. Neste caso, o parecer é enviado ao ministro relator.

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