Arcabouço fiscal: Jaques Wagner diz que governo irá atuar para evitar mudanças no Senado

Ele também diz que uma possível revisão da regra poderá ser feita após a aprovação

Por Renan Monteiro — Brasília


Votação da MP dos Ministérios no Senado Federal, com Rodrigo Pacheco e Jaques Wagner Brenno Carvalho / Agência O Globo

O líder do governo no Senado, Jaques Wagner, confirmou nesta segunda-feira que o governo busca articulação no Congresso para evitar mais modificações no projeto de lei do arcabouço fiscal. Segundo ele, uma possível revisão da regra pode ocorrer “lá na frente”, ou seja, após a aprovação.

— Vai haver um pedido do governo para que não haja modificações, não que elas não sejam meritórias, mas queremos aproveitar essas boas notícias sobre inflação e crescimento do PIB, e consolidar logo o arcabouço fiscal — disse, em conversa com jornalistas no Planalto.

O relator do arcabouço fiscal no Senado, Omar Aziz (PSD- AM), confirmou que a regra fiscal deve ser votada na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e no plenário entre os dias 20 e 21 de junho.

O projeto recebeu, até o momento, 31 emendas que eventualmente podem modificar o texto aprovado pela Câmara dos Deputados. Se houver alterações significativas, a matéria voltará para avaliação dos deputados.

— Na caminhada, mais lá na frente, você pode rever um ponto (após a aprovação). Ficar em idas e vinda é ruim para a credibilidade do país. Como se colocou praticamente tudo dentro do arcabouço, é difícil puxar um só (retirar algum item do limite de gastos) — disse Jaques Wagner.

O senador Omar Aziz, por sua vez, diz que deve analisar todas as emendas ainda essa semana e admite que “muitas não serão acatadas”. Ele não adianta quais mudanças podem ser de fato consideradas e diz que buscará consenso na Câmara e no Senado sobre eventuais alterações.

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