Aliados de Tebet minimizam derrota no IBGE e apostam em Pochmann como presidente figurativo

O petista foi confirmado na presidência da instituição pelo ministro de Comunicação Social, Paulo Pimenta

Por Victoria Abel e Geralda Doca — Brasília


A indicação do economista Márcio Pochmann para a presidência do IBGE é apenas uma questão de tempo Fábio Rossi/Agência O Globo

Após a confirmação do economista Márcio Pochmann na presidência do IBGE, aliados da ministra do Planejamento, Simone Tebet, minimizaram a derrota. Eles apostam que a estrutura técnica da instituição deixará pouco espaço para manobras políticas do petista na presidência. Pochmann foi escolha pessoal de Lula.

A avaliação é de que a máquina do IBGE já tem o próprio giro de funcionamento. A instituição tem 3,9 mil funcionários espalhados pelo país todo. São responsáveis pela realização de pesquisas sobre inflação (IPCA), comportamento da atividade econômica (PIB), dados do mercado de trabalho, além do Censo.

O instituto está sob guarda-chuva do ministério do Tebet e, a princípio, a definição da presidência seria dela. A ministra chegou a dizer que escolheria um nome de carreira para ocupar o cargo. Mas o presidente Lula insistiu no antigo aliado político. Tebet, então, não retrucou.

— Escolha do presidente. Sem problema algum. Ela não tinha levado ninguém de fora, pois já imaginava que ele poderia precisar da posição — disse o presidente do MDB e deputado federal, Baleia Rossi.

A presidência do IBGE está, até então, com Cimar Azeredo Pereira, responsável pela execução do último Censo. O servidor é bem avaliado pela equipe do Planejamento.

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