Recorde absoluto: UBS lucra US$ 29 bi após compra do Credit, maior ganho já registrado por um banco

Valor é o dobro da marca anterior, do JPMorgan, no primeiro trimestre de 2021

Por O GLOBO, com agências internacionais — Zurique


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O UBS reportou o maior lucro trimestral já registrado por um banco no último trimestre. O banco suíço teve ganho de nada menos do que US$ 29 bilhões, graças à aquisição do Credit Suisse.

O maior lucro trimestral anterior de um banco foi de US$ 14,3 bilhões, divulgado pelo JPMorgan no início de 2021.

O ganho em grande parte reflete questões contábeis relacionadas ao resgate do Credit Suisse, uma vez que reflete a diferença do valor dos ativos lançados no balanço atual do UBS e o quanto foi efetivamente pago, com deságio, na compra do seu rival.

Ainda assim, o resultado ficou ligeiramente abaixo do esperado por analistas de mercado, que previam um lucro de US$ 33 bilhões.

A compra do Credit Suisse foi anunciada às pressas em março, quando a instituição, de mais de 167 anos, estava em vias de entrar em falência. E envolveu um socorro bilionário também do governo suíço.

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Os negócios internacionais dos dois grupos já estão sendo combinados e o Credit Suisse relatou um prejuízo global antes de impostos de 9,3 bilhões de francos suíços (US$ 10,6 bilhões) no segundo trimestre, à medida que os clientes retiraram 39 bilhões de francos suíços da instituição.

O UBS também anunciou que planeja ter concluído substancialmente a integração dos dois grupos até 2026, altura em que pretende ter cortado US$ 10 bilhões em custos.

- Nossa decisão sobre o Credit Suisse [Suíça]! . . segue uma avaliação completa de todas as opções disponíveis. Nossa análise mostra claramente que a integração total é o melhor resultado para o UBS, nossos stakeholders e a economia suíça - afirmou o presidente-executivo do UBS, Sergio Ermotti.

Ermotti disse ainda que o UBS planeja fazer três mil demissões na Suíça nos próximos anos, embora a maior parte das perdas de empregos ocorra devido à aposentadoria ou saída de funcionários, que não serão substituídos.

O UBS havia anunciado que planejava cortar mais da metade da força de trabalho de 45.000 funcionários do Credit Suisse , como resultado da aquisição emergencial do banco. Os funcionários foram instruídos a esperar três rodadas de cortes este ano, com a primeira prevista para o fim de julho e mais duas provisoriamente planejadas para setembro e outubro, acrescentaram as pessoas.

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