Com queda das importações, déficit nas contas externas cai para US$ 45,3 bilhões em 12 meses

No ano passado, o saldo negativo havia sido de US$53,6 bilhões na mesma base de comparação

Por — Brasília


Com queda das importações, déficit nas contas externas cai para US$45,3 bilhões em 12 meses Pixabay

As transações correntes do Brasil - que medem a entrada e a saída de dólares do país - acumularam déficit de US$ 45,3 bilhões ou 2,21% do PIB nos últimos 12 meses até agosto deste ano.

O número mostra uma redução em relação ao que foi acumulado até agosto de 2022, que tinha um saldo negativo de US$53,6 bilhões, no intervalo de um ano.

Explicam essa redução do déficit fatores como a queda das importações de bens e serviços, além do aumento das exportações, com a entrada de mais dólares, no oitavo mês do ano.

As transações correntes consideram três dados:

  • A balança comercial de produtos entre o Brasil e outros países, isto é, as exportações e importações;
  • A balança de serviços das contas externas. É considerado, sobretudo, as compras de brasileiros no exterior, incluindo gastos com importações de serviços financeiros, fretes e aluguel de equipamentos e até gastos de turismo;
  • A renda primária é o terceiro dado e trata das remessas de dinheiro e pagamentos (lucros, juros e dividendos) que as empresas multinacionais, com filial no Brasil, enviam para o exterior. Nesse cálculo, também estão as remessas que empresas brasileiras recebem do exterior.

No caso da balança comercial, houve superávit de US$7,6 bilhões em agosto de 2023, ante saldo positivo de US$2,6 bilhões em agosto de 2022. Enquanto as exportações de bens aumentaram em 0,8%, as importações diminuíram 16,8%.

O déficit na conta de serviços totalizou US$2,9 bilhões em agosto de 2023, redução de 23,2% em relação a agosto de 2022. Os brasileiros reduziram em 48,5% os gastos com transportes.

Já na chamada renda primária houve saldo negativo de US$5,6 bilhões em agosto de 2023, redução de 8,2% comparativamente ao déficit de US$6,1 bilhões em agosto de 2022.

Investimento direto

Os investimentos diretos no país (IDP), que o Banco Central não considera nas transações correntes, somaram ingressos líquidos (entradas superiores às saídas) de US$4,3 bilhões em agosto de 2023, ante US$10,0 bilhões em agosto de 2022.

No acumulado em 12 meses, o chamado IDP totalizou US$65,9 bilhões (3,21% do PIB) em agosto de 2023, ante US$64,9 bilhões (3,55% do PIB) em agosto de 2022.

Mais recente Próxima Crédito consignado: governo quer autorizar migração de empréstimo em caso de troca de emprego. Entenda