Riqueza atinge pico histórico: Saiba quem são os mais ricos do mundo e por que suas fortunas não param de crescer

Bill Gates, Bernard Arnault e Jeff Bezos formam o pódio dos maiores bilionários; Relatório explica valorização das bolsas de valores e aumento do patrimônio dos mais endinheirados

Por — Rio de Janeiro


Bernard Arnault, Elon Musk e Jeff Bezos Montagem

Os mais ricos estão cada vez mais ricos. Segundo um estudo internacional liderado pela consultora Capgemeni, publicado nesta quarta-feira, nunca houve tantas pessoas ricas e a sua fortuna nunca foi tão elevada, graças ao aumento dos preços das bolsas de valores. Este crescimento das grandes fortunas atinge, especialmente, os líderes da lista de maiores bilionários da Forbes, que veem as ações dispararem.

O número de pessoas ricas no mundo, que para a Capgemeni são aquelas cujo capital disponível, fora da sua residência habitual, ultrapassa US$ 1 milhão, aumentou 5,1% num ano, atingindo US$ 22,8 milhões em 2023, indicou a consultora no estudo intitulado Relatório sobre a Riqueza Mundial.

A fortuna dessa categoria de pessoas também aumentou, com uma riqueza total estimada em US$ 86,8 bilhões, ou seja, 4,7% mais do que um ano antes.

Quem são os mais ricos do mundo?

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Musk volta ao topo

Elon Musk — Foto: ETIENNE LAURENT/AFP

Elon Musk voltou a ser a pessoa mais rica do mundo em junho, segundo o índice de bilionários da Forbes. Com uma fortuna de US$ 209,3 bilhões, o bilionário de 52 anos, ultrapassou o francês Bernard Arnault, de 75 anos, CEO do grupo de artigos de luxo LVMH e dono de uma fortuna de US$ 202,7 bilhões.

De fevereiro ao fim de maio, Arnault ocupou o primeiro lugar na lista, cedendo o posto para Musk. Nas demais posições do top 10 não houve mudanças nas colocações.

O retorno de Musk ao primeiro lugar do ranking de bilionários da Forbes foi impulsionado pela sua nova empresa de inteligência artificial, a xAI, que no fim de maio arrecadou US$ 6 bilhões (cerca de R$ 30 bilhões) para acelerar seu desenvolvimento. A avaliação de mercado da startup era de US$ 18 bilhões (cerca de R$ 90 bilhões) antes da captação. Com a adição, ela chega a US$ 24 bi de valor.

Esse valor faz com que a participação de 60% de Musk na xAI passe a valer US$ 14,4 bilhões (R$ 75,55 bilhões), segundo dados da Forbes, o que elevou sua fortuna para US$ 209,3 bi nesta segunda-feira.

Eduardo Severin, um dos fundadores do Facebook, segue como o brasileiro mais rico do mundo e ocupa a 71ª posição no ranking geral, com patrimônio estimado em US$ 26,3 bilhões. Em maio, ele estava na 79ª colocação.

Os dez mais ricos do mundo em junho de acordo com o ranking da Forbes:

  • Elon Musk: US$ 209,3 bilhões - EUA
  • Bernard Arnault: US$ 202,7 bilhões - França
  • Jeff Bezos: US$ 195,1 bilhões - EUA
  • Mark Zuckerberg: US$ 166,5 bilhões - EUA
  • Larry Ellison: US$ 147,9 bilhões - EUA
  • Larry Page: US$ 142,4 bilhões - EUA
  • Warren Buffett: US$ 136,7 bilhões - EUA
  • Sergey Brin: US$ 136,5 bilhões - EUA
  • Bill Gates: US$ 128,5 bilhões - EUA
  • Steve Ballmer: US$122,2 bilhões - EUA

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Crescimento da Bolsa

O aumento dessas riquezas deve-se, sobretudo, ao crescimento das bolsas de valores em todo o mundo: o índice americano Nasdaq cresceu 43%; e o S&P 500, 24% em 2023; enquanto o CAC 40 parisiense subiu 16%; e o DAX de Frankfurt, 20%.

“As ações cresceram junto com o mercado de tecnologia, incentivadas pelo entusiasmo despertado pela inteligência artificial generativa e seu potencial impacto na economia”, afirmou a Capgemini, que avalia a situação de 71 países e utiliza, como metodologia, um sistema de registros estatísticos e uma representação gráfica chamada Curva de Lorenz.

Em 2022, a riqueza dos mais ricos registou a queda mais acentuada em dez anos, devido à queda dos preços de ações.

No ano passado, a América do Norte registou o maior avanço no número de milionários individuais, com um aumento de 7,1%, e também na riqueza (7,2%), à frente da Ásia-Pacífico e da Europa.

O nível de riqueza e o aumento paralelo das desigualdades deram origem, nos últimos anos, a numerosos debates sobre como fazer com que grandes fortunas contribuam melhor para os impostos.

No grupo do G20, o Brasil e a França defendem um imposto mínimo global para os maiores ativos, o que poderia render mais US$ 250 bilhões se os três mil multimilionários do planeta pagassem pelo menos o equivalente a 2% da sua fortuna em impostos sobre o rendimento, um das hipóteses que estão sendo debatidas.

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