De Mick Jagger a Fidel Castro: quem já se hospedou no Hotel Jaraguá, que tem novo dono

A rede de hotéis Nacional Inn acaba de adquirir a propriedade

Por — São Paulo


Hotel Jaraguá, que hospedou diversas celebridades nos anos 70, ganha novos donos Reprodução/Accor

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GERADO EM: 02/07/2024 - 12:22

Hotel Jaraguá: Ícone da história e modernidade

O icônico hotel Jaraguá, em São Paulo, com nova gestão da rede Nacional Inn, é repleto de história e já recebeu celebridades como Mick Jagger e Fidel Castro. Com arquitetura modernista dos anos 50, o hotel passou por restaurações e agora oferece 415 apartamentos, restaurantes e espaços para eventos. É ponto de referência para eventos corporativos e está localizado próximo a pontos turísticos da cidade.

Aos 70 anos de existência, o hotel Jaraguá, ícone da cidade de São Paulo, com arquitetura modernista típica dos anos 50 e um painel original de Di Cavalcanti em plena fachada, ganha novos donos. A rede brasileira de hotéis Nacional Inn adquiriu a propriedade e assumiu, nesta segunda-feira (1), a operação do empreendimento.

Em janeiro de 1954, inaugurava-se na rua Martins Fontes, no centro histórico da cidade, o Hotel Jaraguá, que inicialmente contava com 240 apartamentos, os quais ocupavam os 13 andares mais altos (do 9º ao 21º) de um prédio de mais de 80 metros de altura construído ali em 1948. Mas desde a década de 70, o hotel conta com 415 apartamentos.

Nas últimas décadas, o hotel foi palco de convenções e morada de hospedes que vinham a São Paulo à negócios. Mas basta ir até o bar que fica ao fundo do saguão para se deparar com uma galeria de fotos com as celebridades que se hospedaram ali entre os anos 50 e 70, época em que o hotel foi parada obrigatória para grandes personalidades nacionais e internacionais, como Alain Delon, Sophia Loren, Brigitte Bardot, Louis Armstrong, Mick Jagger, Fidel Castro, Yuri Gagarin, Juscelino Kubitschek e Jânio Quadros.

O prédio foi originalmente projetado para abrigar o jornal O Estado de São Paulo, a Rádio e o Estúdio Eldorado, que ocupariam os primeiros oito andares. Os demais pavimentos seriam alugados para escritório, mas o hoteleiro José Tjurs se interessou pelo projeto e decidiu instalar o Hotel Jaraguá do 9º ao 23º andar.

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O prédio foi parcialmente tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat) em 1998, protegendo sua fachada, murais e pinturas. Em 2004, depois um investimento de R$ 40 milhões e dois anos de obras, o novo Jaraguá abriu as portas novamente, com projeto de Miguel Juliano, que demoliu seis pilares de concreto do térreo para a criação de uma rua dentro do hotel.

Um dos destaques da nova decoração foi o carpete e uma projeção cubista do painel externo de Di Cavalcanti. O icônico relógio que fica no topo do edifício também passou por um longo processo de restauração.

Atualmente com 28 pavimentos e mais de 27 mil m², o Jaraguá vai operar com dez categorias de apartamentos. O hotel conta com dois restaurantes e 25 espaços de eventos para mais de 1.500 pessoas. O local é conhecido nos dias de hoje por sediar eventos corporativos. A sua localização está próxima de pontos turísticos da cidade, como o Theatro Municipal, Catedral da Sé, Biblioteca Mario de Andrade e Mercado Municipal.

*Estagiária sob a orientação de Mauricio Xavier

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