Great Place To Work: Capemisa conquista a primeira posição no ranking das médias empresas

Na mesma categoria, Visagio e Equinix Brasil ficam com a segunda e a terceira colocações, respectivamente

Por O Globo


A Capemisa Seguradora e Capemisa Capitalização ficou com o primeiro lugar entre as médias empresas Divulgação

RESUMO

Sem tempo? Ferramenta de IA resume para você

GERADO EM: 04/08/2024 - 08:30

Capemisa lidera GPTW com gestão participativa e tecnologia.

Capemisa conquista topo do ranking GPTW com foco em gestão participativa, investimento em tecnologia e cuidado com funcionários. Uso de inteligência artificial, incentivo à diversidade e educação destacam a empresa. Visagio e Equinix Brasil ocupam 2ª e 3ª posições, respectivamente, com ênfase em desenvolvimento pessoal e cultura organizacional. Flexibilidade, promoções e benefícios são valorizados.

Para a Capemisa, chegar ao topo do ranking do GPTW é motivo de orgulho e reflexo de um cuidado constante com os funcionários. Vencedora deste ano na categoria Médias Empresas, a organização acredita no modelo de gestão participativa e exalta os princípios de transparência, senso de coletividade, colaboração entre times e comunicação próxima à alta liderança.

O presidente da organização, Jorge de Souza Andrade, diz que os bons resultados são fruto de investimentos em tecnologia, foco em criatividade e inovação, além de capacitação e geração de conhecimento:

— Nosso trabalho objetiva tornar as relações mais dinâmicas e produtivas, utilizando o melhor que a tecnologia tem a oferecer, mas priorizando o atendimento humanizado. Isso leva a Capemisa a receber nota 9,7 na avaliação de satisfação pelo atendimento aos nossos clientes. E todo feedback recebido é utilizado como ferramenta para melhorias.

Hoje, a companhia tem 457 pessoas em home office, modelo que, para Andrade, oferece mais conforto, segurança e flexibilidade.

Inteligência artificial

A Capemisa tem também investido no uso de inteligência artificial para monitorar a saúde mental, a fim de identificar precocemente sinais e atuar de forma preventiva. Além disso, passou a ser signatária da ONU Mulheres e do Pacto pela Equidade Racial, reforçando a valorização da diversidade e o incentivo à ascensão de mulheres negras a cargos de liderança. Hoje, elas ocupam 38% desse espaço.

A saúde física também é prioridade, com check-ups periódicos, apoio de nutricionistas, grupos de corrida e assessoria esportiva. No aniversário, cada um tem direito a uma folga, bem como no dia do aniversário dos filhos de até 11 anos.

Educação

A empresa também incentiva a educação formal (graduação e pós-graduação). Hoje, 96% dos funcionários têm nível superior completo ou em curso.

A companhia ainda faz reuniões mensais para a apresentação de resultados e discute melhorias, uma oportunidade para alinhar a equipe aos objetivos. Os dados do GPTW também são usados para a construção de planos de ação.

Para o presidente, o maior desafio é estimular as pessoas a sonharem alto. Segundo ele, a experiência e as observações acumuladas nos últimos 52 anos o ajudam a moldar uma cultura de respeito:

— Nós também queremos ser exemplo, que outras empresas copiem aquilo que a gente vem fazendo de bom e que sejam contagiadas a tornarem-se excelentes lugares para trabalhar.

Para a analista sênior Luciana Martins, de 48 anos, atuar em uma empresa que incentiva o desenvolvimento tem sido um fator-chave para se tornar uma profissional mais bem preparada.

— Recebo incentivos diários que me trazem confiança para desenvolver os projetos. Envolve algo muito importante que é o empoderamento, o ato de confiar no potencial de cada um — resume Luciana.

A Capemisa também tem grupos nos quais os funcionários podem debater temas como religiosidade e questões raciais, diz ela:

— Podemos ser quem somos e assumir nossa identidade sem qualquer receio.

Visagio fica com a segunda posição

A Visagio ficou com a segunda locação no ranking das médias empresas — Foto: Divulgação

Em uma empresa de sucesso, os funcionários e a cultura organizacional devem ser os principais ativos. É nisso que acredita a consultoria Visagio, criada em 2003, no Parque Tecnológico do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ). Ao longo dos anos, a companhia viu o seu modelo de atuação evoluir e se expandir globalmente. Hoje, está presente em cerca de 30 países com projetos aplicados em grandes organizações. E, no que depender do sócio Agapito Troina, o futuro será mais promissor:

— Estamos nos tornando um grupo cada vez mais global. Nos orgulhamos de ser uma empresa carioca que exporta talentos e transforma realidades empresariais, criando oportunidades para que indivíduos realizem grandes feitos e encontrem um ambiente propício para o crescimento.

A construção desse ambiente passa pelo desenvolvimento pessoal e profissional dos visagianos, como os funcionários gostam de ser chamados. Seja por meio de treinamentos oferecidos na universidade corporativa ou pelo incentivo à formação externa, o objetivo é criar oportunidades.

Ao longo do último ano, houve expansão para novos escritórios. As capitais Recife (PE) e Curitiba (PR) são exemplos desse crescimento. Enquanto a primeira visa a atender mais de perto a Região Nordeste, a segunda mira a Região Sul. Além disso, a Visagio estendeu a atuação na Austrália, onde já tinha projetos em execução, e em países da América Latina e da Europa.

— Nós dizemos que a cultura da Visagio é a cola que nos une, sem importar se estamos no Brasil ou fora — afirma Agapito Troina.

Razão do sucesso

Há seis anos na empresa, a engenheira Carolina Padilha, de 25 anos, atua na área de Projetos de Negócios. Ela se mudou neste ano para Recife, onde ajudou a implantar o escritório. Segundo a funcionária, a Visagio chegou ao segundo lugar no ranking das Melhores Empresas Para Trabalhar, na categoria de médio porte, graças ao cuidado com as pessoas e às oportunidades de desenvolvimento:

— Existe uma preocupação genuína com as pessoas, programas de mentorias, feedbacks frequentes e uma transparência que fortalece as relações. Ao mesmo tempo, as oportunidades de crescimento nos tiram da zona de conforto, promovendo um ciclo contínuo de aprendizado. E aí a meritocracia é essencial, garantindo que todos saibam que o desempenho no trabalho é avaliado de forma justa.

Outro ponto valorizado é a flexibilidade. Troina enfatiza que a empresa busca compreender as necessidades de cada um, sem deixar de lado o foco no cliente, a ética e a responsabilidade.

Promoções

O sócio conta que, no último ano, 70% dos funcionários receberam promoções com base em avaliações semestrais. E mais do que atrair profissionais bem preparados, os visagianos gostam de “lapidar diamantes brutos”. Mais de 300 eventos já foram realizados em universidades para aproximar quem está iniciando a carreira.

Além disso, a empresa fortaleceu o programa de formação Rocket Lab, com cursos gratuitos de gestão, negócios e tecnologia ministrados por colaboradores para profissionais de fora da empresa, que podem ser ou não contratados.

Equinix Brasil é a terceira colocada do ranking

A terceira colocada foi a Equinix Brasil — Foto: Divulgação

Ao longo dos 18 anos em que está na Equinix Brasil, Victor Arnaud acompanhou diversas transformações. Foram essas mudanças, observando as tendências do mercado, que fizeram a organização chegar à terceira posição do ranking GPTW Rio 2024, na categoria Médias Empresas, pelo segundo ano consecutivo. Hoje presidente da companhia, ele destaca como pontos fortes a comunicação aberta e a colaboração coletiva, aliadas a uma visão de longo prazo:

— Percebo que nossa cultura organizacional começa com um ambiente de colaboração. Além disso, construímos um espaço com líderes acessíveis para que a comunicação aconteça independentemente da hierarquia. Quanto mais o colaborador conversa com o gestor durante o ano, maior será a satisfação por entender melhor o propósito e o que deve ser feito para otimizar a sua produtividade e o seu desempenho.

Arnaud enfatiza ainda a importância de discutir planos de longo prazo e como isso contribui para a estabilidade e a retenção de talentos. Exemplo disso, diz ele, são os bônus que a empresa oferece quando os resultados são obtidos. Se tem o desempenho esperado, o funcionário é recompensado semestralmente com ações da empresa por quatro anos. Além disso, ele pode comprar, de seis em seis meses, os papéis com desconto:

— É uma forma de alinhar ao nosso propósito e oferecer estabilidade financeira.

Licenças ampliadas

A Equinix Brasil ainda garante licença-maternidade de 180 dias e paternidade flexível, de dois meses, que pode ser dividida em períodos de 15 dias. Também oferece treinamentos e parcerias com instituições como a Fundação Getulio Vargas (FGV), além de palestras.

Arnaud revela ainda que a empresa utiliza dados do GPTW e pesquisas internas para entender as necessidades:

— Leio os comentários para garantir que estamos aplicando ações efetivas de melhoria baseadas no feedback dos funcionários.

A gerente de projetos Úrsula Santos, de 35 anos, está há três na Equinix Brasil. Ela ingressou por meio de um programa que recruta atletas em fase de transição de carreira. A trajetória no hóquei de grama encontrou na cultura da empresa uma oportunidade.

— A flexibilidade do trabalho híbrido foi crucial para equilibrar minhas atividades laborais com a carreira esportiva. Quero me aposentar aqui — afirma.

Mais recente Próxima Great Place To Work: veja o perfil dos trabalhadores que elegeram as melhores empresas para trabalhar