Em profunda crise econômica, a Argentina controla a cotação oficial do dólar no país. Mas o mercado paralelo cresceu tanto que o país resolveu adotar várias taxas de câmbio.
Para viabilizar eventos e contratações de serviços do dia a dia pelos argentinos, o governo criou cotações específicas para o show do Coldplay, a Copa do Catar e até para pagar o streaming do Netflix
Há ainda cotações específicas para exportadores e o comércio exterior, como para os produtores de soja e para quem exporta serviços de alto valor agregado
Diante da forte desvalorização do peso, o governo precisou lançar novas cédulas. Mas mesmo a nota de 2 mil pesos, quando lançada, já valia muito pouco
A desvalorização do peso fez do país um paraíso para turistas. Brasileiros e vizinhos da América Latina têm lotado Buenos Aires, Bariloche, Mendoza e os principais destinos de turismo no país
Muitos brasileiros aproveitam para irem às compras, sobretudo de vinhos. Desfrutam da gastronomia argentina em viagens agora bem mais baratas e voltam para o Brasil com a mala cheia de rótulos locais.
Para os argentinos, conseguir dólares virou uma tarefa árdua. O caos financeiro do país popularizou as ‘cuevas’ (ou cavernas), onde é possível obter crédito e fazer câmbio num sistema clandestino