Trinta das 500 pessoas mais ricas do mundo atribuem pelo menos uma parcela da sua fortuna a empresas monitoradas pelo Índice Global de Inteligência Artificial da Bloomberg — ou seja, que ganham dinheiro com tecnologias de IA.
Essas companhias aumentaram o patrimônio líquido de um seleto grupo de ricaços em US$ 124 bilhões este ano, o que representa 96% do incremento registrado no Índice de Bilionários da Bloomberg.
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Alguns nomes que integram a lista são mais conhecidos, como o cofundador da Meta, Mark Zuckerberg, o que mais faturou com IA neste ano (US$ 37,1 bilhões). Outros já não são tão conhecidos assim, como o cofundador da fabricante de chips Nvidia, Jensen Huang (US$ 19,6 bilhões), segundo colocado na lista.
Ranking de quem mais ganhou dinheiro com IA em 2024
- Mark Zuckerberg: US$ 37,1 bilhões (Meta)
- Jensen Huang: US$ 19,6 bilhões (Nvidia)
- Jeff Bezos: US$ 16,1 bilhões (Amazon)
- Steve Ballmer: US$ 9,6 bilhões (Microsoft)
- Larry Ellison: US$ 7,3 bilhões (Oracle)
- Michael Dell: US$ 6 bilhões (Dell, Broadcom)
- Eduardo Saverin: US$ 5,7 bilhões (Meta)
- Larry Page: US$ 4,2 bilhões (Alphabet, dona do Google)
- Sergey Brin: US$ 4 bilhões (Alphabet, dona do Google)
- Dustin Moskovitz: US$ 3,5 bilhões (Meta)
Veja fotos de mansões de bilionários nos EUA
A fortuna de Huang disparou depois que o valor de mercado da Nvidia ultrapassou o da Amazon pela primeira vez, na esteira de uma alta nas ações relacionadas à inteligência artificial.
Esse mesmo movimento criou outro bilionário na família de Huang: sua prima Lisa Su, CEO da concorrente da Nvidia, Advanced Micro Devices, cuja fortuna agora é de US$ 1,2 bilhão. As ações da AMD dobraram de valor no último ano.
Charles Liang, cofundador da Super Micro Computer, viu sua fortuna triplicar para US$ 6,2 bilhões neste ano, enquanto as ações de sua empresa superaram os retornos de outros papéis ligados à IA.
A fortuna do cofundador da Palantir Technologies, Alex Karp, é de US$ 2,8 bilhões. Na semana passada, em um único dia as ações da fabricante de software subiram 31%, graças a resultados trimestrais fortes.
Uma nova bolha como a das pontocom?
Steve Ballmer, da Microsoft, surfou na onda de otimismo que acompanhou a parceria da empresa com a OpenAI, enquanto Michael Dell viu sua fortuna disparar em parte graças às iniciativas de IA na Dell Technologies e na Broadcom.
Até quem não trabalha diretamente com IA se beneficiou. A fortuna do fundador do SoftBank Group, Masayoshi Son, cresceu US$ 3,7 bilhões este ano depois que a fabricante de chips ARM quase dobrou de valor em apenas três sessões. O SoftBank tem 90% da ARM.
A magnitude desses ganhos é tanta que já surgiram dúvidas sobre sua sustentabilidade. Michael Hartnett, estrategista do Bank of America, afirmou este mês que o rali das ações de tecnologia começa a lembrar a bolha das pontocom, no início dos anos 2000.