A empresa francesa Bugatti concluiu os testes do Bolide, hipercarro de corridas que teve o concept apresentado há quatro anos. De lá para cá, o veículo foi sendo desenvolvido com o intuito de ser o melhor carro já produzido pela marca. Assim, além do motor com 1.600 cavalos de potência (cv) e com cerca de 1.450kg, ele promete uma experiência similar a de conduzir um Fórmula 1.
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A ideia do projeto Bolide, é comercializar um veículo destinado às pistas de corrida. Ou seja, o intuito não é oferecer um carro de passeio para quem se interessar, mas sim, um veículo para quem deseja ter experiência de atingir altas velocidades.
Assim, será equipado com o motor W16 de 8 litros, quad-turbo de cerca de 1.600cv. É o mesmo utilizado no Bugatti Chiron, no entanto, com modificações que ajudam a gerar melhor desempenho.
Bugatti realiza últimos teste do Bolide, antes de iniciar a fase de fabricação do modelo
Quando comparado com um carro de Fórmula 1, o Bolide leva vantagem nesse sentido. Atualmente, um F1 possui cerca de 1.000cv, entretanto, ainda é bastante superior ao Bugatti no quesito peso. Mesmo o hipercarro sendo considerado levíssimo, com apenas 1.240kg e total (com óleos e combustível) chegando aos 1.450kg, um F1 pesa quase a metade disso. Entretanto, o Bugatti atinge o máximo de 380km/h, contra 373km/h já registrados em um F1.
Segundo Andy Wallace, piloto de testes da Bugatti e vencedor de Le Mans, o Bolide proporciona uma experiência completamente diferente dos outros modelos já desenvolvidos pela marca.
“Ele é diferente dos outros que já conduzi. Eu adoraria que todos tivessem a oportunidade de dirigir este carro, porque ele é realmente especial… e é claro que a velocidade que ele atinge é emocionante, mas o que mais chama atenção é a aerodinâmica ativa”, disse Wallace em entrevista para o canal automotivo Top Gear.
O Bolide é capaz de suportar 2,5g em uma curva, o que é distante dos 5g de um F1, mas que o torna superior aos seus concorrentes na categoria. Sendo capaz de sair de uma curva a 100km/h e subir para 300km/h em um tempo digno de um veículo desenvolvido especialmente para as pistas.
Mas como Andy Wallace destaca, não é só a potência do hipercarro que chama atenção. Sua aerodinâmica promete revolucionar o mercado. Acontece que, modelos como o Chiron e a Ferrari LaFerrari, possuem asas traseiras que se movem para cima e para baixo, prometendo ajudar a manter o carro mais "preso" ao chão. Mas o engenheiro Adrian Newey resolveu ir adiante. Com isso, sugeriu mover outras partes, como por exemplo, as asas dianteiras. Além de introduzir um difusor que gera muita pressão, ajudando no equilíbrio e estabilidade em altas velocidades.
Para proporcionar uma segurança justa, a marca apostou em freios de cerâmica de carbono. Inicialmente desenvolvidos para Concordes e depois introduzidos no universo da Fórmula 1. Mas para o Bolide, a francesa trabalhou numa adaptação do sistema de refrigeração dos freios, direcionando cerca de 90% do fluxo de ar para os discos e pastilhas, gerando melhor desempenho em condições adversas.
No interior, o Bolide terá assento feito sob medida do condutor. Serão fixados e com pouco acolchoado, mas prometem serem perfeitos para alta performance. Segundo Andy Wallace, com inspiração nos carros de corrida, a altura do assento é a ideal também. Isto porque o tornozelo do motorista estará quase na altura dos glúteos.
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Sem a tradicional elegância da marca, o interior é mais robusto, com design simples que remete aos carros que correm em Le Mans. Em um primeiro contato, é possível estranhar a quantidade de botões, mas com painel intuitivo, a marca afirma que a adaptação acontecerá rapidamente. Além disso, ele conta com ar-condicionado e um volante que pode ser retirado para melhor entrada e/ou saída do motorista.
De acordo com a Bugatti, o Bolide será produzido em uma série limitada a 40 unidades. O preço inicial sugerido será de R$ 22,6 milhões, mas poderá subir de acordo com as personalizações desejadas pelo comprador.