Nvidia revela próxima geração de chips de IA para 2026

Presidente-executivo da empresa afirmou que processadores da Nvidia vão ajudar na economia de energia e custos em um momento de "inflação computacional"

Por Bloomberg


Jensen Huang, CEO da Nvidia, apresenta próxima geração de chips de IA David Paul Morris / Bloomberg

O presidente-executivo da Nvidia, Jensen Huang, afirmou neste domingo que a empresa planeja lançar, em 2026, sua nova plataforma de chips para inteligência artificial chamada Rubin. Os modelos são os sucessores dos processadores Blackwell. Segundo ele, a empresa deve passar a atualizar anualmente seus processadores de IA.

Em discurso na Universidade Nacional de Taiwan, Huang afirmou que vê a ascensão da inteligência artificial ​​generativa como uma nova revolução industrial e que espera que a Nvidia desempenhe um papel importante à medida que a IA começa a migrar também para computadores pessoais.

A gigante de chips ainda apresentou novas ferramentas e modelos de software em anúncio feito às vésperas da feira de eletrônicos Computex, que acontece em Taiwan. Um dos lançamentos é o do chip Blackwell Ultra para 2025.

Huang não deu maiores detalhes sobre o Rubin, mas afirmou que os processadores terão tecnologia que terá um tipo de memória mais rápida.

A Nvidia tem sido a principal ganhadora do enorme fluxo de investimentos privados que têm sido irrigados para a IA, o que transformou a empresa na fabricante de chips mais valiosa do mundo. Agora, a companhia busca expandir sua base de clientes para além das gigantes da computação em nuvem, principais clientes da companhia.

Como parte da expansão, Huang espera que um número maior de negócios e de agências governamentais adotem a IA — desde fabricantes navais até a indústria de medicamentos. Ele reforçou a ideia de que empresas que não investirem na inteligência artificial ficarão para trás.

Promessa de menos custo e gasto de energia

Durante a apresentação desde domingo, Huang destacou que a demanda pela IA tem gerado uma explosão pela necessidade de processamento de enormes quantidades de dados, em um momento que ele definiu como "inflação computacional".

O CEO defendeu que os métodos tradicionais de computação não conseguem acompanhar esse crescimento e que os novos chips da Nvidia vão ajudar a reduzir custos e energia gasta. Ele mencionou uma economia de 98% nos custos e de 97% de energia necessária com a tecnologia da Nvidia. Segundo ele, as projeções são "matemática de CEO, que não é precisa, mas é correta".

Os processadores da Nvidia, que começou vendendo placas de jogos para computadores desktop, têm se tornado mais buscados à medida que os fabricantes de PCs adicionam mais funções de IA em seus produtos.

Durante a Computex, empresas como a Microsoft e seus parceiros de hardware apresentaram novos laptops com melhorias de IA. A maioria desses dispositivos são baseados em um novo tipo de processador fornecido pela rival da Nvidia, a Qualcomm, que promete maior duração da bateria nos dispositivos.

Para ajudar empresas de software a trazerem mais recursos de IA para computadores, a Nvidia também tem oferecido ferramentas e modelos de IA pré-treinados, com capacidade para lidar com tarefas complexas, como decidir se processam dados na própria máquina ou se os enviam para um data center.

Huang também promoveu o uso de gêmeos digitais em um mundo virtual que a Nvidia chama de Omniverse. Para mostrar a escala possível, ele mostrou um gêmeo digital do planeta Terra, chamado Earth 2 e demonstrou como ele poderia ajudar a rodar modelos de previsão climática mais sofisticados. Ele ainda destacou que indústrias de Taiwan, como a Hon Hai Precision, também conhecida como Foxconn, estão usando as ferramentas da Nvidia para planejar e operar suas fábricas de forma mais eficiente.

Mais recente Próxima Existe ‘deepfake’ do bem? Conheça usos positivos da simulação de imagens com IA que já geram negócios