Conheça o drone autônomo testado pela Petrobras para transportar cargas de até plataformas de petróleo

A Petrobras já utiliza a tecnologia de drones para pintura de plataformas e embarcações, além de outros trabalhos em altura

Por O Globo — Rio de Janeiro


Primeiro transporte do tipo no país percorreu cerca de 180 quilômetros Cezar Fernandes/Agência Petrobras

A Petrobras testou nesta semana o primeiro voo de longo alcance com uma aeronave civil remotamente pilotada, entre a base da empresa no bairro Imbetiba, em Macaé (RJ) e a plataforma P-51, na Bacia de Campos, litoral fluminense. O trajeto de 180 quilômetros foi realizado com um drone capaz de transportar cargas de até 50 quilos, com potencial para transformar a logística do transporte aéreo offshore.

A expectativa da empresa é que os testes viabilizem voos de longo alcance entre o continente e plataformas, permitindo uma série de aplicações com essa tecnologia. A Petrobras já utiliza a tecnologia de drones para pintura de plataformas e embarcações, além de outros trabalhos em altura, reduzindo a exposição humana a riscos.

Versátil, o drone Schiebel já é utilizado por outras empresas e agências em operações de vigilância, monitoramento ambiental, busca e salvamento, agricultura e inspeção de infraestrutura. A capacidade da aeronave é de até seis horas com transmissão e processamento de dados em tempo real. O veículo também conta com câmeras de alta definição e zoom óptico para imagens detalhadas, design compacto para ambientes desafiadores.

Drone Schiebel — Foto: Divulgação

No mercado de óleo e gás, o Schiebel já foi utilizado para inspeções em estruturas como torres e guindastes, compartimentos confinados como dutos e tanques, além da possibilidade de localizar, identificar e monitorar vazamentos de óleo em ambiente marinho.

A análise dos dados gerados deve ser finalizada ainda no segundo semestre deste ano. Segundo a Petrobras, serão simulados outros voos com aeronaves no mesmo espaço aéreo e, dependendo dos resultados, o procedimento será implantado na empresa.

A operação, ainda em fase de testes, foi feita em colaboração com o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a NAV Brasil e a OMNI Táxi Aéreo, contratada pela Petrobras para operar veículos aéreos não tripulados em missões offshore.

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