Com câncer terminal, mulher se casa horas antes de morrer nos EUA

Amy Drouillard morreu aos 35 anos; cerimônia também foi realizada para que o filho dela, de 12 anos, não ficasse órfão

Por O Globo e agências internacionais — Michigan, Estados Unidos


Amy Drouillard morreu aos 35 anos; cerimônia também foi realizada para que o filho dela, de 12 anos, não ficasse órfão Reprodução

Um homem casou-se com uma mulher que lutava contra o câncer em suas últimas horas de vida, e agora trabalha para conseguir a adoção do filho dela. O caso, que ocorreu nos Estados Unidos no final de agosto, repercutiu nas redes sociais esta semana. Em entrevista à uma emissora local, Kyle Adcock disse que “foi difícil não se apaixonar por ambos” após conhecer a mãe e o menino.

Adcock e Amy Drouillard, de Michigan, haviam planejado o casamento para sábado, dia 26 de agosto. O vestido, o local e os fornecedores da cerimônia já haviam sido escolhidos, informou o canal “WJBK”. Mas Amy, aos 35 anos, estava chegando ao fim de sua batalha de dois anos contra o câncer de mama metastático estágio 4. Por isso, ela e o noivo, de 31 anos, decidiram antecipar a união em dois dias.

O casamento ocorreu no quarto do hospital, com enfermeiros e parentes próximos presentes. Adcock disse que “Amy usou seu vestido, e estava linda e cheia de sorrisos”. Ainda em entrevista à emissora local, ele disse que foi “um casamento lindo”, e que o médico “preparou uma noite maravilhosa” para os dois, trazendo “as seis melhores enfermeiras que ela queria que cuidassem dela”.

Além disso, velas foram colocadas no quarto. Amy morreu pouco tempo após o casamento. Ela era mãe de Nolan, de 12 anos, que agora é considerado órfão. Adcock disse à emissora que se casar com Amy facilitaria seus esforços para adotar o menino como seu filho, e essa foi outra razão que influenciou o momento da cerimônia.

— Tivemos que nos casar [para que eu] pudesse adotá-lo — disse Adcock. — E, felizmente, conseguimos fazer isso. Ela tem um ótimo filho. Foi difícil não se apaixonar por ambos. Nesta família, ninguém luta sozinho. Todos lutamos uns pelos outros — disse ele, ressaltando que Nolan foi um aliado para a mãe.

Adcock afirmou, ainda, que o menino continua “cheio de vida” apesar das dificuldades que já enfrentou. Por enquanto, ele é o guardião legal de Nolan, mas está prosseguindo com a adoção do menino.

— Eu continuo dizendo a ele todos os dias: ‘você vai fazer coisas incríveis’ — disse Adcock, afirmando também que a memória do sorriso de Amy durante o casamento tem ajudado no processo do luto. — A felicidade em seu rosto no pior dia de nossas vidas é o que me mantém firme. E também saber que tenho o Nolan, e ele tem a mim.

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