Fátima Bernardes sobre Dia das Mulheres: 'Está acabando a lenda de que somos adversárias'

Apresentadora foi homenageada no Prêmio Nise da Silveira, que celebra personalidades femininas. Evento contou com presença de figuras como Alcione, Clara Moneke e Ana Paula Araújo

Por — Rio de Janeiro


Fátima Bernardes falou sobre a importância do Dia das Mulheres Daniel Pinheiro/BrazilNews

No Dia Internacional da Mulher, Fátima Bernardes falou sobre a importância da união feminina e do fim da competição da classe. A apresentadora foi premiada na categoria Comunicação pelo Prêmio Nise da Silveira, que homenageou dez personalidades na noite de quinta-feira (7), na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro.

"A gente ainda precisa realmente de um dia pra celebrar, pra refletir e pra ocupar espaços. Estamos mais conscientes, acreditando cada vez menos que somos adversárias. Precisamos esquecer essa lenda que a gente está sempre competindo com outra mulher. Eu acredito que estamos uma puxando a outra", afirmou a jornalista.

Em seu discurso pela honraria, Fátima agradeceu a família, ao público e citou a presença do namorado, o deputado federal Túlio Gadêlha: "Queria muito agradecer aos meus pais que fizeram de tudo para que eu estivesse aqui hoje. Sou fruto do ensino público e a primeira pessoa da minha família a me formar na universidade. Agradeço também ao meu amor, Túlio Gadêlha, que enfrentou 10 horas de voo para chegar até aqui e ao meu público, que por 37 anos me encheu de carinho."

Sob a temática "mulheres que inspiram", a premiação também contou com a presença de figuras como a cantora Alcione, as jornalistas Ana Paula Araújo e Renata Silveira, a atriz Clara Moneke e a empresária Andressa Cabral. Xuxa Meneghel foi uma das homenageadas, mas não compareceu.

O prêmio, que está em sua 9ª edição, é organizado pela Secretaria de Políticas e Promoção da Mulher da cidade do Rio de Janeiro.

Famosas homenageadas no Prêmio Nise da Silveira — Foto: Divulgação Ana Bia Novaes

Premiada na categoria Revelação, Clara se emocionou ao falar sobre a oportunidade de ocupar espaços e sobre a importância da representatividade.

"Por muito tempo na minha vida, nunca conseguia me enxergar. É gratificante poder hoje servir de espelho para tantas jovens. Quero mostrar que um corpo como o meu é um corpo que merece respeito, que está vivo e segue vivo, é um corpo inteligente, que se movimenta e movimenta o mundo", destacou.

"Espero que a gente chegue num tempo onde teremos dez Claras Monekes soltas por aí. Que possamos multiplicar em histórias de poder, de sucesso e de vida, e não em histórias de perda, mortes e tristeza. Eu acredito que estamos num mundo onde conseguimos cada vez mais escrever as nossas próprias histórias", acrescentou ela.

Alcione, que foi apelidada pela Secretária de Políticas e Promoção da Mulher, Joyce Trindade, como "Orixá em Terra", agradeceu pelo prêmio e se despediu recitando um poema que escreveu ainda na adolescência: "Estão me ouvindo bem? Quero muito agradecer por estar aqui, mas não posso sair sem antes dizer uma poesia, pois minha terra é terra do poeta."

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