Larissa Bocchino estreia na TV aberta como a protagonista de 'Rancho fundo': 'Julieta do Sertão'

Em entrevista exclusiva, atriz de 25 anos fala sobre preparação da personagem, que incluiu aulas de montaria, cita a também mineira Débora Falabella como maior referência e as novelas que a marcaram como expectadora


Larissa Bocchino Fabio Rocha/ TV Globo

Mineira de Contagem, Larissa Bocchino faz sua estreia na TV aberta como a protagonista de “Rancho fundo”, próxima novela das 18h, que estreia dia 15 de abril, na TV Globo. Na trama, será Quinota, filha de Zefa Leonel (Andrea Beltrão) e Seu Tico Leonel (Alexandre Nero), a mocinha da história. Protegida pela mãe e sempre sob o olhar vigilante do irmão mais velho, Zé Beltino (Igor Fortunato), Quinota é uma jovem humilde, encantadora, bondosa e ingênua que será seduzida e enganada por Marcelo Gouveia (José Loreto), por quem vai se apaixonar perdidamente. Vai amadurecer ao longo da trama, perdendo a inocência, mas não a grandeza, em um processo de formação e transformação. Apesar da decepção amorosa, ela vai experimentar o amor verdadeiro quando conhecer Artur Ariosto (Túlio Starling), o melhor amigo de Marcelo. “Ela é uma espécie de Julieta do Sertão, carrega a força da mulher nordestina”, diz. A atriz, de 25 anos, conta que a “ficha ainda não caiu”. “Fico observando muito, para ver o trabalho do elenco e me inspirar.”

Como está o coração para estreia da sua primeira protagonista na TV aberta? A minha ficha ainda não caiu que é a primeira protagonista. O que eu estou sentindo mais é: “meu Deus, eu estou gravando a minha primeira novela e ainda como protagonista!” Mas gravar novela é muito diferente de outras linguagens do audiovisual, como cinema, série, porque a intensidade de trabalho é muito maior. A gente grava de segunda a sábado, seis vezes na semana, durante oito/nove meses. Então o que bateno meu coração é uma responsabilidade muito grande porque em uma novela a protagonista acaba entrando em todos os núcleos. E está sendo um aprendizado enorme trabalhar com pessoas que têm uma trajetória muito maior, de anos de carreira, e que eu tanto admiro. Eu fico observando muito, com muita escuta, pra ver o trabalho deles, para me inspirar e executar o meu. Então eu estou nesse lugar de estudar muito, de tentar entregar o melhor possível e fazer o meu trabalho de maneira também a aproveitar essa oportunidade que se deu na minha vida.

Como foi a preparação para o papel? Estou estudando a Quinota desde a época dos testes. Fiquei fazendo testes por, mais ou menos, dois meses, e desde quando recebi o primeiro texto, já comecei a estudar muito, a me preparar. A Quinota mora no Rancho Fundo e a família tem um trabalho cotidiano com os animais (cabras, galinhas, burro, cavalo), então fiz aulas de montaria. Em casa, eu tenho uma planta que, desde quando comecei a novela, sempre cuido, mantendo esse contato com a natureza, acredito que isso reverbera na Quinota...

Larissa Bocchino — Foto: Léo Rosário

Quem são suas maiores referências na TV? Existem várias pessoas que ocupam esse lugar na minha vida. Sempre existe algo que a gente consegue pegar como referência para o nosso próprio trabalho. No Brasil, temos muitos atores e atrizes muito bons, mas hoje eu gostaria de ressaltar a Débora Falabella, que também é mineira. Eu já a vi no teatro, na TV e acho ela muito versátil. Ela sempre traz muita riqueza de detalhes nas construções dos personagens que ela faz, é estudiosa e aplicada. O trabalho dela é muito bonito! Também gosto muito de acompanhar a Camila Morgado, ela tem vários personagens incríveis que fico com o queixo caído. Outra atriz que tenho como inspiração é a Adriana Esteves. Eu sou fã dela desde a infância, acho o trabalho dela primoroso. Então tem várias atrizes, a Marjorie Estiano também. Se a gente for listar... são infinitas (risos)!

Qual novela te marcou, como espectadora? "Cordel Encantado", uma novela das seis, tratava também do universo do sertão e de uma forma fantástica. Lembro da minha família gostar muito de assistir e a gente sempre ia para o sofá juntos. Então me marcou muito, para além do enredo da novela em si, também esse momento familiar que a gente tinha de todo mundo ver junto e comentar. A novela tem isso de mexer dentro das casas, ocupar o imaginário brasileiro e fazer parte da vida cotidiana das pessoas. Outra novela que me marcou bastante, o Brasil inteiro, na verdade, foi "Avenida Brasil". Parou o país em 2012 e eu lembro de ir pro bar assistir porque aí passou do ambiente da casa e parava-se a rua pra ver "Avenida Brasil". É um trabalho sensacional em termos de dramaturgia, atuação, completude da obra, tudo muito admirável.

Ela estará também em "Guerreiros do Sol", produção original Globoplay prevista para 2025, com a personagem Ivonete, que tem um envolvimento com Lampião (Thomás Aquino). Mas aí já são cenas dos próximos capítulos.

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